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Estado de Minas

Na TV, Cunha diz que Dilma deveria mostrar ao povo o que vem depois do ajuste


postado em 17/03/2015 06:19

S�o Paulo, 17 - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) deveria colocar uma agenda ao Pa�s para sair da crise atual. "Ela deveria mostrar o que vem depois do ajuste fiscal", declarou, em entrevista ao programa Di�logos com M�rio S�rgio Conti, da Globo News, veiculado na noite desta segunda-feira.

Cunha defendeu as medidas fiscais propostas pelo governo e afirmou que nenhuma medida provis�ria do ajuste chegou � C�mara at� o momento, mas n�o h� "nenhum gesto oposicionista" da Casa. Tido como oposicionista pelas derrotas que j� imp�s ao governo federal, o deputado disse que se coloca como "independente, mas harm�nico" em rela��o ao Executivo.

Questionado sobre a poss�vel taxa��o dos mais ricos, Cunha afirmou n�o ter recebido nenhuma proposta nesse sentido. Ele se disse contra aumentar impostos, mas ponderou que � preciso ver como o governo far� o ajuste fiscal.

Cunha defendeu a horizontalidade da desonera��o da folha de pagamento, igualando a al�quota para todos os setores, mas ponderou novamente a import�ncia da neutralidade da medida para a arrecada��o.

Al�m da quest�o econ�mica, Cunha comentou a crise pol�tica por que passa o governo. "A hegemonia eleitoral geralmente leva a uma hegemonia pol�tica. Isso n�o aconteceu", disse, lembrando que algo semelhante ocorreu na reelei��o do tucano Fernando Henrique Cardoso.

O deputado citou a necessidade de um empr�stimo ao Fundo Monet�rio Internacional, a corre��o cambial e a pris�o do presidente do Banco Central para exemplificar a crise enfrentada pelo tucano na ocasi�o, mas ponderou que FHC teve mais habilidade pol�tica e uma base mais s�lida do que Dilma para sair da crise.

Apesar de reconhecer crises na pol�tica e na economia, Eduardo Cunha esquivou-se de dar uma nota � gest�o Dilma Rousseff. "Governo come�ou h� dois meses, n�o d� para dar nota", afirmou. "Mas o primeiro governo Dilma foi bem avaliado o suficiente e por isso ela venceu a elei��o".

Questionado sobre a condi��o de investigado da Lava Jato, Cunha voltou a criticar o trabalho do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, dizendo que a decis�o de inclu�-lo na lista foi pol�tica. Ele repetiu a defesa que apresentou na semana passada, � CPI da Petrobras, e disse que n�o abriu seu sigilo banc�rio por n�o querer "constranger todos a fazer o mesmo".

O deputado atribuiu a corrup��o na Petrobras a uma falta de governan�a do Executivo, e citou o processo de licita��o por carta-convite e a compra de refinarias por pre�o acima do mercado como causas para o problema. Em 2006, quando da aprova��o da compra da refinaria de Pasadena, que gerou preju�zos � Petrobras, a ent�o ministra Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administra��o da estatal.

"N�o � o Poder Legislativo que fez licita��o, que assinou contratos", disse, argumentando que a corrup��o est� no Executivo. Ele defendeu que as empreiteiras envolvidas no esquema n�o sejam declaradas inid�neas a fim de proteger o emprego e a economia do Pa�s.

Para evitar que novos desvios ocorram, Cunha defende a contrata��o de empresas apenas quando h� projeto executivo para a obra. "Projetos b�sicos gera aditivos e d�o margem para a corrup��o", afirmou.


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