Curitiba e S�o Paulo, 17 - A Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico Federal cruzam as notas fiscais, contratos e movimenta��es financeiras do ex-ministro Jos� Dirceu e de sua empresa a JD Assessoria e Consultoria - que foi contratada por empresas do cartel acusado de corrup��o na Petrobras. A suspeita � que contratos de consultorias serviram para "esquentar" dinheiro de propina pago a Dirceu.
Uma das notas emitidas em dezembro de 2006 para a construtora OAS no valor de R$ 30 mil era de "antecipa��o referente a servi�os prestados de consultoria e assessoria". Sua defesa entregou � Justi�a Federal no Paran�, base da Opera��o Lava Jato, contratos relativos ao per�odo de 2006 a 2012 com a construtora OAS, apontada como integrante do cartel na estatal. Tamb�m foram entregues notas fiscais referentes a esses servi�os.
Entre os documentos, est�o contratos e notas da Engevix Engenharia, da Egesa Engenharia e da Sigma Engenharia, Constru��es e Com�rcio Camargo Corr�a e Jamp Engenheiros Associados Ltda. Dois documentos t�m interesse especial para os investigadores. Os referentes � Sigma, que foi comprada pela Delta Engenharia e Montagem Industrial Ltda - j� investigada na Opera��o Saqueador, por suspeita de corrup��o envolvendo o lobista Adir Assad, preso na segunda-feira, 16, pela Opera��o Que Pa�s � esse.
Outro documento diz respeito aos pagamentos para a Jamp, que pertence ao operador de propinas na Engevix, Milton Paschowicht. Em seu depoimento nesta ter�a-feira, 17, um executivo da empreiteira, Gerson Almada, afirmou ter viajado ao Peru com Dirceu e o operador para tratar de contrato.