Falar a verdade neste pa�s custa muito caro, diz Ciro Gomes

Bras�lia - O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes considerou que a ida do irm�o e ministro da Educa��o, Cid Gomes, para prestar esclarecimentos na C�mara � um "pre�o que deve ser pago" e que falar a verdade nos tempos atuais "custa caro".

O ministro Cid Gomes foi convocado para prestar esclarecimento no plen�rio da Casa ap�s declarar que havia "400, 300 achacadores" do governo na C�mara. At� essa ter�a-feira, 17, estava confirmada a presen�a dele na sess�o. Despacho publicado no Di�rio Oficial desta quarta, 18, traz a informa��o de que Cid Gomes, est� oficialmente afastado do cargo no per�odo de 10 a 21 de mar�o para tratamento de sa�de. Com isso, o comparecimento do ministro � C�mara para prestar esclarecimentos aos parlamentares previsto para hoje pode ser adiado novamente.

"Falar a verdade neste Pa�s, especialmente, nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse pre�o tem que ser pago porque quem faz hist�ria n�o s�o os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que n�o se abatem diante dos constrangimentos", afirmou o irm�o Ciro Gomes em entrevista o blog do Eliomar, ap�s ser questionado sobre a expectativa do depoimento de Cid. "Acho que ele tem que afirmar o que ele disse e explicar por que disse isso e voltar para casa serenamente", emendou.

Na entrevista ao blogueiro, Ciro Gomes tamb�m considerou que o pacote anticorrup��o lan�ado hoje pela presidente Dilma Rousseff "passa longe do que importa". "O que importa � a economia. A moeda do Brasil est� derretendo diante das moedas internacionais, significa que a renda m�dia do povo brasileiro est� sendo derretida. Recess�o amea�a o empreendedor, daqui a pouco avan�ar� sobre o n�vel de emprego do Pa�s. Tem uma situa��o de infla��o amea�ando tamb�m o poder de compra das fam�lias. Tem um quadro absolutamente preocupante", ressaltou.

Para o ex-ministro, o governo precisa ter humildade para ouvir os reclames das manifesta��es ocorridas no �ltimo domingo em v�rias regi�es do Pa�s. "Qualquer governo que n�o queira cair tem que prestar aten��o com muita humildade nos recados das ruas. N�o adianta separar que foi eleitor advers�rio, que foi eleitor da direita, da esquerda, o que � preciso entender � que jamais se viu multid�es desse tamanho se movimentar se n�o houver uma raz�o real".