Curitiba e S�o Paulo, 23 - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz todas as a��es da Opera��o Lava Jato, mandou expedir of�cio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando informa��es sobre doa��es registradas efetuadas por seis empresas, entre elas a PEM Engenharia, a Setal �leo e G�s (SOG) e a Projetec, que fizeram repasses para o PT.
Esses repasses, segundo o executivo Augusto Mendon�a, um dos delatores da Lava Jato, eram disfar�ados em forma de doa��es eleitorais. No caso da PEM Engenharia j� constam dos autos da Lava Jato quatro recibos emitidos pelo PT de doa��es para o Diret�rio Nacional do partido de R$ 500 mil, em 2010.
O valor repassado em 7 de abril, quando era dada a largada para a campanha da presidente Dilma Rousseff, foi o mais alto doado dentro de uma lista de 24 repasses partid�rios e de campanha listados pelo delator. S�o quatro recibos, com n�meros sequenciais, datados de 7 de abril de 2010. Tr�s com valores de R$ 150 mil e um de R$ 50 mil.
O juiz Moro pediu ao TSE que mande informa��es sobre as doa��es, "se poss�vel em 15 dias". Al�m da Setal �leo e G�s (SOG), da Projetec e da PEM Engenharia, o juiz federal quer dados sobre doa��es da Energex Group Representa��o e Consultoria, Tipuana Participa��es e Setec Tecnologia.
Nesta segunda feira, 23, o juiz Moro abriu a��o penal contra 27 alvos da Opera��o My Way - nona fase da Lava Jato -, entre eles o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque, elo do PT na Petrobras, e o tesoureiro do partido Jo�o Vaccari Neto, denunciados por corrup��o e lavagem de dinheiro.
Na decis�o em que abre a��o penal contra Duque e Vaccari o juiz destacou. "Quantia substancial da propina, R$ 4.260.000, foi repassada, entre 23 de outubro de 2008 a 8 de mar�o de 2012, como doa��es eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores - PT."
As doa��es, assinalou o juiz da Lava Jato, foram feitas pelas empresas ligadas a Augusto Mendon�a - PEM, Projetec e SOG.
A Secretaria de Finan�as do Partido dos Trabalhadores nega que Jo�o Vaccari Neto tenha participado de esquema para recebimento de propina ou de recursos de origem ilegal destinados ao partido.