
Bras�lia – A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras instalada na C�mara corre o risco de repetir o mesmo expediente da outra, mista, encerrada em dezembro de 2014 no Senado. A pr�tica adotada pelos deputados tem sido semelhante: apresenta��o de diversos requerimentos para convocar pessoas para depor que, no final, n�o s�o ouvidas. Ou, quando chamadas, pouco acrescentam �s investiga��es porque nem sempre s�o os personagens principais da cadeia de pagamento de propina. Essa quest�o j� chamou a aten��o de outros colegas que, nos bastidores, temem que as investiga��es deem em nada. At� sexta-feira, os requerimentos protocolados pelos membros da CPI exigiam a presen�a de 156 pessoas.
Como a CPI tem t�rmino previsto para o fim de junho, dever�o ocorrer cerca de 20 reuni�es, o que torna imposs�vel ouvir a todos. Na ter�a-feira passada, chamou a aten��o de integrantes da CPI a apresenta��o de 42 pedidos, por parte do sub-relator Andr� Moura (PSC-SE), para chamar a depor executivos, cujos nomes ele nem sabe, de grandes estaleiros. Desses 42, pelo menos 35 s� se referem aos convocados como “representantes legais” das empresas.
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) foi um dos que se insurgiram contra o expediente. “Gostar�amos de saber se todas essas pessoas convocadas v�o ser, de fato, ouvidas. Se isso n�o acontecer, vamos ter que explicar por que n�o ouvimos as pessoas que estamos convocando”, disse. Os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e J�lio Delgado (PSB-MG) tamb�m foram contr�rios ao expediente. E exigiram que requerimentos sem nome fossem votados separadamente.