Em novo depoimento � Justi�a Federal, o doleiro Alberto Youssef, um dos alvos centrais da Lava Jato admitiu que a maior empreiteira do Pa�s, a Odebrecht, chegou a entregar dinheiro vivo em seu escrit�rio, na capital paulista. "Odebrecht e Braskem era comum fazer esses pagamentos (de propina) l� fora, ou ela me entregava em dinheiro vivo no escrit�rio da S�o Gabriel", afirmou o doleiro em audi�ncia na Justi�a Federal no Paran� nesta ter�a-feira.
Youssef afirmou ainda que seus contatos na empreiteira eram o "Marcio Faria, presidente da Odebrecht �leo e G�s e o seu Cesar Rocha, diretor financeiro da holding. E pela Braskem o Alexandrino", disse.
Del sur
Questionado sobre como eram operacionalizados estes pagamentos, Youssef, que decidiu prestar este novo depoimento � Justi�a para esclarecer os fatos em uma das a��es penais na qual � acusado de evadir US$ 500 milh�es, citou uma nova empresa, a "construtora Del Sur".
"Uma vez recebi uma ordem, n�o me lembro se foi em uma das contas indicadas por Carlos Rocha (doleiro Carlos Alberto Souza Rocha, tamb�m alvo da Lava Jato) ou Leonardo (Meirelles, outro r�u da opera��o), da Odebrecht que a remessa foi feita pela construtora Del Sur", relatou. Segundo o Youssef, ele teria recebido pagamentos por meio dessa empresa "umas duas ou tr�s vezes".
N�o � a primeira vez que a Odebrecht aparece nas investiga��es da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras e tamb�m delator, Paulo Roberto Costa, relatou � for�a-tarefa da opera��o que recebeu ao menos US$ 31,5 milh�es at� 2012 da empreiteira em contas na Su��a a t�tulo de "pol�tica de bom relacionamento" da empresa com ele. Segundo o ex-diretor, o pr�prio diretor da Odebrecht Plantas Industriais Rog�rio Ara�jo, teria lhe indicado o operador Bernardo Freiburghaus na Su��a para abrir as contas onde eram recebidos os recursos.
As empreiteiras citadas pelo doleiro negam veementemente o pagamento de propinas e o envolvimento de seus executivos no esc�ndalo.
A Odebrecht reiteradamente tem repudiado com veem�ncia as suspeitas lan�adas sobre sua conduta. A empreiteira nega taxativamente ter pago propinas no esquema Petrobr�s.
Em nota divulgada nesta ter�a-feira, a empreiteira negou a exist�ncia de iregularidades nos contratos. “A Odebrecht e seus integrantes negam as alega��es caluniosas feitas por doleiro r�u confesso em investiga��o em curso na Justi�a Federal do Estado do Paran�. A Odebrecht nega a exist�ncia de qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, todos conquistados de acordo com a lei de licita��es p�blicas.”