S�o Paulo, 31 - O ex-deputado e ex-l�der do governo na C�mara C�ndido Vaccarezza (PT) disse, nestas ter�a-feira, 31, que o governo precisa "baixar a bola" para sair da evidente crise pol�tica e econ�mica do cen�rio atual. "O governo tem que baixar a bola, a oposi��o tamb�m. O Pa�s precisa de paz para a gente encontrar uma sa�da e a sa�da n�o � s� econ�mica", disse ao chegar para uma plen�ria de sindicalistas e da milit�ncia petista em "defesa" da Petrobras, da democracia e dos direitos dos trabalhadores.
Cr�tico do governo, o ex-l�der petista garantiu que n�o pretende deixar o partido. "Sempre escuto especula��o, mas eu n�o disse nada. N�o vou sair do PT, vou fazer o debate interno", garantiu.
Vaccarezza disse, novamente, que v� erros no governo, nos �ltimos anos, que em sua vis�o precisam ser corrigidos. O ex-deputado criticou os caminhos da pol�tica e da economia e disse que o atual cen�rio � "complexo" e que por isso, tanto governo como PT precisam encontrar novas solu��es para um Brasil que "� outro" daquele da funda��o do partido nos anos 1980.
Apesar da cr�tica, ele saiu em defesa do sistema de alian�as. Disse que foi uma das coisas positivas deixadas pelo governo Lula, a alian�a de centro-esquerda a partir da liga��o entre PT e PMDB. Mas criticou a condu��o pelo governo dessa alian�a central, com o partido que tem a vice-presid�ncia na figura de Michel Temer, e que hoje tem a presid�ncia da C�mara em uma figura que � hostil ao governo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"As brigas estabelecidas e as disputas estabelecidas entre PT e PMDB nos �ltimos tr�s anos do governo da Dilma cimentaram uma conjuntura muito agressiva, muito ruim", comentou.
Sobre a pol�tica econ�mica, Vaccarezza que tem uma postura cr�tica ao receitu�rio ortodoxo de Joaquim Levy, evitou palavras duras. "Acho inusitado ter ajuste econ�mico e ajuste fiscal em uma situa��o de crescimento zero. O PT tem que se abrir para outras alternativas", afirmou. Mas emendou que "n�o existe culpa de ministro, nem pol�tica de ministro". "No presidencialismo, todas as solu��es s�o pol�ticas de governo."
Vaccarezza afirmou que pretende levar suas sugest�es para reformular o partido tanto a reuni�o do diret�rio que acontece neste m�s, como no V Congresso da legenda, que est� marcado para junho, em Salvador.
Lava Jato
Sobre seu nome ter sido citado na lista de investigados da Opera��o Lava Jato, enviada ao Supremo Tribunal Federal, Vaccarezza deu a entender que n�o teme ser afastado do partido. "N�o tem nenhum processo contra mim. Essa investiga��o, voc�s v�o ver, n�o vai ter processo, vai morrer na investiga��o", afirmou. Questionado sobre a situa��o do tesoureiro Jo�o Vaccari Neto, tamb�m investigado na opera��o que apura as irregularidades na Petrobras, Vaccareza preferiu n�o comentar.