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Estado de Minas

Esquema de corrup��o vai al�m da Petrobras e atinge Caixa e Minist�rio da Sa�de,

Tr�s ex-deputados s�o presos por envolvimento com o grupo criminoso do doleiro Alberto Youssef. Pol�cia Federal suspeita da exist�ncia de esquema para alimentar campanhas eleitorais


postado em 11/04/2015 06:00 / atualizado em 11/04/2015 07:51

A mais nova fase da Opera��o Lava-Jato, desencadeada na manh� de ontem, apresentou, pela primeira vez, elementos consistentes de que a organiza��o criminosa montou um grande esquema de corrup��o al�m dos limites da Petrobras. Os investigadores descobriram, na 11ª fase, intitulada de “A Origem”, que a quadrilha tamb�m fincou seus tent�culos no Minist�rio da Sa�de e na Caixa Econ�mica Federal, uma esp�cie de “valerioduto” com a participa��o de uma ag�ncia de publicidade e empresas de fachada. A principal suspeita � de que os desvios foram cometidos para alimentar campanhas eleitorais. Ap�s prender os operadores e os empreiteiros, no ano passado, agora, a Pol�cia Federal colocou atr�s das grades integrantes que perderam foro privilegiado do n�cleo pol�tico da quadrilha. Foram presos os ex-deputados Andr� Vargas (SP), Luiz Arg�lo (BA) e Pedro Corr�a (PE), que j� cumpria pena em regime semiaberto por ter sido condenado no mensal�o.

Al�m dos pol�ticos, a Pol�cia Federal colocou na pris�o Ricardo Hoffmann, ex-vice presidente da ag�ncia Borghi/Lowe em Bras�lia; Leon Vargas, irm�o de Andr� Vargas; a secret�ria de Arg�lo, Elia Santos da Hora; e um laranja de Corr�a, Ivan Torres. Al�m dos sete mandados de pris�o, a PF cumpriu nove de condu��o coercitiva e 16 de busca e apreens�o. Todos os presos foram encaminhados ontem � noite para a sede da PF em Curitiba (PR).

Os investigadores descobriram que a ag�ncia de publicidade Borgui/Lowe, que firmou contratos com a Caixa e o Minist�rio da Sa�de para o desenvolvimento de campanhas institucionais, repassava 10% do valor recebido para duas empresas de fachada controladas pelos irm�os Vargas. A LSI e a Limiar, uma consultoria e a outra de servi�os empresariais, n�o desenvolviam atividades. A LSI teve apenas um funcion�rio entre 2011 e 2012 e a Limiar nunca possuiu um empregado sequer. De acordo com o Portal da Transpar�ncia, do governo federal, a Borghi/Lowe recebeu R$ 112,8 milh�es da Uni�o desde 2011. Segundo o juiz Sergio Moro, que coordena as investiga��es da Lava-Jato, h� suspeita de que a Borghi/Lowe tenha pago propina aos irm�os Vargas para obter vantagens em contratos em outros �rg�os p�blicos.

“A quantidade de crimes nos quais  Vargas se envolveu � indicativa da habitualidade e profissionalismo na pr�tica de delitos, especificamente corrup��o e lavagem”, disse Moro, em seu despacho. Ele relatou que Vargas se envolveu em quatro esquemas diversos de corrup��o e lavagem de dinheiro em curto espa�o de tempo. O apartamento dele e de sua mulher, Edilaira Gomes, no Bairro de Alphaville, em Londrina, no valor de R$ 980 mil, foi sequestrado pela Justi�a.

‘PROFISSIONAL DO CRIME’ A acusa��o que recai sobre Pedro Corr�a � de que ele tenha recebido valores diretamente de Yousseff pelo esquema de corrup��o na Petrobras, at� mesmo no per�odo em que era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensal�o. O juiz S�rgio Moro se refere a ele como “um profissional do crime”. Moro diz que a pris�o preventiva de Corr�a, que cumpre pena pelo mensal�o, n�o � in�cua porque ele est� no regime semiaberto. Nesse caso, ele pode sair da cadeia durante o dia para trabalhar. Com a nova pris�o, ele volta para o c�rcere fechado.

Luiz Arg�lo foi flagrado em v�rias intercepta��es telef�nicas e troca de mensagens com Alberto Youssef. De acordo com a investiga��o, o ex-parlamentar emita notas fiscais falsas para receber dinheiro em esp�cie das m�os do doleiro. Arg�lo teve o pedido de cassa��o aprovado pelo Conselho de �tica da C�mara, mas a legislatura acabou antes que o processo fosse para o plen�rio da Casa. Ele n�o se reelegeu nas elei��es do ano passado.

REPASSES SUSPENSOS Na tarde dessa sexta-feira, o Minist�rio da Sa�de comunicou a imediata suspens�o dos pagamentos � ag�ncia de publicidade Borghi/Lowe, contratada em 2010. Em nota, a pasta diz que “os contratos para a realiza��o de campanhas de utilidade p�blica cumprem todos os requisitos exigidos na legisla��o de licita��o” e que abriu apura��o interna para analisar as den�ncias. Tamb�m em nota, a Caixa informou que, da mesma forma, abrir� apura��o interna para averiguar os fatos.

A Borghi/Lowe ressaltou apenas que “as autoridades est�o buscando informa��es quanto a um ex-funcion�rio”. A ag�ncia alegou que “cooperou ativamente atendendo a ordem judicial e continuar� a faz�-lo”. O advogado Marcus Gusm�o, que defende Andr� Vargas, disse que a defesa ainda analisa os documentos que embasaram a pris�o do ex-deputado. A reportagem n�o localizou os advogados de Pedro Corr�a e de Luiz Arg�lo. (Com ag�ncias)

Os presos

Todos ficar�o detidos na Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Curitiba

Andr� Vargas
Ex-deputado pelo PT, foi preso em Londrina.

Luiz Arg�lo (SDD-BA)
Ex-deputado, preso em Salvador.

Pedro Corr�a (PP-PE)
Ex-deputado que j� cumpre pris�o pelo mensal�o do PT no Centro de Ressocializa��o do Agreste (CRA), em Canhotinho (PE), em regime semiaberto.

Leon Vargas
Irm�o do ex-deputado paranaense preso em Londrina.

�lia Santos da Hora
Secret�ria de Arg�lo, presa em Salvador (foto).

Ivan Mernon da Silva Torres
l Ex-assessor de Pedro Corr�a, preso em Niter�i.


Ricardo Hoffmann
Diretor de uma ag�ncia de publicidade em Curitiba, foi preso em Bras�lia.

 


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