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Estado de Minas

Petistas temem dela��o de Vargas

Descontente com o PT em raz�o de sua cassa��o, ex-deputado pode ampliar o leque de investiga��es envolvendo o partido


postado em 13/04/2015 06:00 / atualizado em 13/04/2015 07:12

André Vargas foi preso em sua casa, por força de mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Moro(foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Andr� Vargas foi preso em sua casa, por for�a de mandado de pris�o preventiva expedido pelo juiz Moro (foto: Albari Rosa/Ag�ncia de Not�cias Gazeta do Povo)

A pris�o do ex-deputados Andr� Vargas (ex-PT) na sexta-feira, na 11ª fase da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal, batizada de A Origem – em raz�o do envolvimento de pessoas investigadas desde o in�cio da opera��o –, gerou na c�pula do PT o temor de que o petista aceite a proposta de dela��o premiada do Minist�rio P�blico Federal(MPF) e amplie ainda mais o rol de den�ncias contra o partido. Vargas teve a pris�o decretada pelo juiz federal S�rgio Moro, de Curitiba, que preside o processo.

A nova a��o da Pol�cia Federal vai al�m do esc�ndalo de corrup��o na Petrobras e investiga o pagamento de propinas em contratos publicit�rios da Caixa Econ�mica Federal e do Minist�rio da Sa�de, esquema no qual Vargas estaria supostamente envolvido. O ex-deputado foi vice-presidente da C�mara e notabilizou-se ao posar de punho cerrado ao lado do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, durante solenidade oficial na Casa. Foi um protesto contra o julgamento do mensal�o.

Sua pris�o abriu uma segunda frente de investiga��es sobre o envolvimento do PT no esquema de lavagem de dinheiro montado pelo doleiro Alberto Yousseff. A outra frente � a den�ncia do ex-gerente da Petrobras e ex-presidente da Sete Brasil Pedro Barusco, que acusa, em dela��o premiada, o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, de ter recebido propina desviada da Petrobras e supostamente destinada �s campanhas eleitorais da legenda.

Segundo o juiz S�rgio Moro, Vargas se envolveu em quatro esquemas de lavagem de dinheiro e corrup��o. Al�m do ex-deputado Vargas e seu irm�o Leon Vargas, tamb�m est� preso o publicit�rio Ricardo Hoffmann, ex-diretor da ag�ncia Borghi/Lowe. Vargas teria indicado Clauir dos Santos para a ger�ncia de Marketing da Caixa. Com o aliado no cargo, teria emplacado a Borghi/Lowe na institui��o. O mesmo procedimento teria ocorrido no Minist�rio da Sa�de, onde a ag�ncia fechou contratos de R$ 113 milh�es.

Vargas � suspeito de ter recebido propina de outra empresa registrada em nome de Leon, a IT7 Sistemas. Em 2013, ela recebeu cerca de R$ 50 milh�es da Caixa em contratos ligados � �rea de tecnologia. No total, s�o R$ 163 milh�es em contratos suspeitos com a Caixa e o Minist�rio da Sa�de investigados nessa fase da Lava-Jato.

A IT7 tamb�m recebeu, entre 2010 e 2013, outros R$ 44,9 milh�es de contratos com outros �rg�os, como o Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia, o Ex�rcito, a Marinha e o Servi�o Federal de Processamento de Dados (Serpro). Pelo menos duas grande empresas doadoras de campanha tamb�m depositaram recursos nessas empresas, o frigor�fico JBS e a Ecovias Imigrantes, da CR Almeida Engenharia.

Segundo a Pol�cia Federal, Hoffmann supostamente repassava os chamados “b�nus de volume”, que correspondem a 10% dos contratos assinados, para a LSI Solu��o em Servi�os Empresariais e a Limiar Consultoria. Ou seja, o b�nus n�o voltava para Borghi/Lowe, ia para as empresas do Andr� e do Leon. Cinco produtoras tamb�m pagaram a empresas dos irm�os Vargas: a Conspira��o Filmes, a e-Noise, a Atakk (cuja raz�o social � Luis Portela Produ��es Ltda), a Sagaz e a Zulu Filmes.

O juiz S�rgio Moro determinou a amplia��o das investiga��es e autorizou a quebra de seus sigilos fiscais e banc�rios das empresas diretamente envolvidas nos repasses da agenda sem comprova��o de execu��o de servi�os. Caso o publicit�rio resolva falar, a situa��o de Vargas pode se complicar ainda mais.

Fragilidade

O ex-deputado � o fraco na blindagem do PT, em raz�o do seu descontentamento com o fato ter o mandato cassado pela C�mara, por 359 votos, em dezembro passado, com apoio maci�o da bancada petista. Com isso, ele n�o poder� disputar elei��es at� 2022, como determina a Lei da Ficha Limpa, mesmo que n�o seja condenado pela Lava-Jato. O deputado Jos� Airton (PT-CE) foi o �nico a votar contra a cassa��o. Dalva Figueiredo (PT-AP), Beto Faro (PT-PA) e Sib� Machado (PT-AC) se abstiveram.


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