Moro compara esquema de publicidade a desvios na Petrobras

S�o Paulo, Curitiba e Bras�lia, 15 - O juiz federal S�rgio Moro avalia que o esquema de desvios em contratos de publicidade em �rg�os estatais desbaratado pela Opera��o 'A Origem', a nova fase da Lava Jato,pode ter a mesma dimens�o que o esc�ndalo de propinas e corrup��o na Petrobras. Ao decretar a pris�o preventiva do publicit�rio Ricardo Hoffman, da ag�ncia Borghi Lowe - que estava preso em car�ter tempor�rio desde sexta feira, 10 -, o magistrado cravou: "� prov�vel, assim como revelado no esquema criminoso da Petrobras, que se esteja diante de um modus operandi de realiza��o de neg�cios, desta feita na �rea de publicidade, com a administra��o p�blica federal."

Ricardo Hoffman � investigado por supostamente pedir para as produtoras que prestavam servi�os para a Borghi Lowe nos contratos de publicidade do Minist�rio da Sa�de e da Caixa Econ�mica Federal que fizessem repasses de comiss�es de 10% �s empresas de fachada do ex-deputado do PT Andr� Vargas e seus irm�os - o ex-parlamentar tamb�m foi preso pela �A Origem�, ao lado de outros dois ex-deputados, Luiz Arg�lo (SD/BA) e Pedro Corr�a (PP-PE).

"No que se refere a Ricardo Hoffmann, o pagamento sistem�tico e reiterado de propinas a agente p�blico, no caso a parlamentar federal que chegou a Vice-Presidente da C�mara, indica risco a ordem p�blica caso seja mantido em liberdade", afirma o magistrado, lembrando que, pelo que j� foi revelado at� agora, o executivo ajudou a repassar mais de cinco milh�es em propinas para o ex-parlamentar que "ainda n�o foram recuperados, estando expostos a novos esquemas de lavagem de dinheiro, tornando mais remota a possibilidade de recupera��o do produto do crime", destaca Moro.

Para o juiz, "h� ind�cios que o esquema criminoso se reproduz em outros contratos de publicidade com a administra��o p�blica, o que � extremamente grave, sendo que a maior parte das provas s�o de conhecimento do investigado Hoffman e ainda est�o ocultas".

Leon Vargas

A Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico Federal pediram a pris�o preventiva do irm�o de Andr� Vargas, Leon Denis Vargas Il�rio, mas a Justi�a Federal negou. No final da tarde desta ter�a feira, 14, Leon Vargas deixou de t�xi a sede da PF em Curitiba, base da Opera��o Lava Jato.

Andr� Vargas e Leon foram presos na sexta feira, 10, pela Opera��o 'A Origem', nova fase da Lava Jato. Os dois est�o sob suspeita de comandarem esquema milion�rio de propinas em contratos de publicidade com �rg�os da administra��o p�blico federal.