Bras�lia, 27 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta noite corre��es no projeto de regulamenta��o da terceiriza��o do mercado de trabalho. Em entrevista ao jornal SBT Brasil, Levy disse que a projeto precisa ser corrigido no Senado Federal para evitar riscos aos trabalhadores e � economia brasileira. Segundo Levy, � importante que seja inclu�do no projeto que empresa contratante recolha todas as contribui��es sociais em nome da contratada.
O ministro negou que tenha tido diverg�ncias com o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no dia da vota��o do projeto pelos deputados por causa da tributa��o da terceiriza��o. "A gente se entende perfeitamente. Ele tem um conhecimento bastante profundo dos temas que discute", afirmou.
Na entrevista, o ministro rebateu as cr�ticas crescentes de que o ajuste fiscal implementado pelo governo vai derrubar ainda mais o Produto Interno Bruto (PIB). Levy tamb�m manifestou confian�a de que o PT vai apoiar o ajuste. Ele lembrou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse que o ajuste � essencial e que sem as corre��es, o Pa�s n�o acertaria o passo.
"O ajuste n�o vai atrapalhar a economia. Na verdade, estamos fazendo ele porque a economia vinha fraca", argumentou. Ele disse que n�o � poss�vel afrouxar o ajuste e que o governo precisa "entregar" a meta de super�vit prim�rio prometida para garantir a confian�a na economia.
Levy ponderou que depois que o governo anunciou a corre��o para a sua estrat�gia de pol�tica econ�mica, o �ndice de confian�a nos empres�rios parou de cair. Ele ressaltou que no come�o do ano, quando n�o havia clareza do que a presidente iria fazer, o cen�rio era de afli��o. "E a economia tomou um tombo por causa das d�vidas", disse.
O ministro atribuiu a queda da arrecada��o � parada da economia na virada do ano. Ele tamb�m voltou a defender a retirada das desonera��es e as medidas de reforma do acesso dos benef�cios trabalhistas e previdenci�rios. "Os projetos n�o est�o tirando nenhum direito. Estamos consertando coisas que s�o ruins", defendeu. Para Levy, n�o adianta "ficar pagando pens�o para vi�va de 30 anos e depois faltar dinheiro para outras coisas".
O ministro desconversou, no entanto, sobre o corte no or�amento, que ser� anunciado em breve. Levy "driblou" a pergunta sobre se o contingenciamento das despesas seria de R$ 80 bilh�es. Ele disse apenas que o n�vel de gastos ser� semelhante ao de 2013, considerado pelo ministro como "confort�vel" e "compat�vel" com as receitas. Levy afirmou que Dilma "pegou" um quadro menos favor�vel e precisou fazer ajustes porque os resultados n�o estavam alcan�ando o esperado.