Bras�lia, 28 - O presidente da CUT, Vagner Freitas, amea�ou com uma greve geral em todo o Pa�s se o projeto de terceiriza��o for votado no Senado sem mudan�as negociadas e debatidas com a sociedades. Ap�s reuni�o com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o dirigente da CUT disse que as centrais sindicais propuseram a constru��o de um novo projeto por meio de um acordo pol�tico entre os partidos para a constru��o de uma "alternativa negociada", sem que a discuss�o seja movida por "determinados lobbies". As centrais pediram a Calheiros que sejam realizadas audi�ncias p�blicas e que a vota��o do projeto n�o tenha prazo estabelecido para terminar como ocorreu durante a tramita��o na C�mara dos Deputados.
"Se tudo isso n�o funcionar, que fique claro que a CUT � uma central sindical de mobiliza��o. Se nada disso funcionar, vamos solicitar o veto da presidente e, para auxiliar o veto, vamos fazer um greve no Brasil contra o projeto", advertiu o presidente da CUT, acrescentando que a central pretende que a proposta seja resolvida por um processo de negocia��o.
Freitas disse que o projeto aprovado pela C�mara dos Deputados representa uma precariza��o do mercado de trabalho no Pa�s e uma volta das regras para 60 anos atr�s, "antes de Get�lio Vargas". "� fazer com as empresas n�o tenham responsabilidade com os trabalhadores", atacou.
Reuni�o hist�rica
Vagner Freitas classificou a reuni�o com Renan Calheiros e as centrais sindicais de "hist�rica". Renan se comprometeu com um processo democr�tico de debate, com o projeto passando pelas comiss�es, sem compromisso com prazos estabelecidos e galerias do plen�rio abertas para o povo assistir � vota��o. "N�o h� nenhum compromisso com prazos que outros fizeram", disse ele, num cr�tica ao processo de vota��o na C�mara conduzido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O dirigente da CUT disse que a regulamenta��o do mercado de trabalho do jeito que foi aprovada pela C�mara � ruim para o Pa�s, num momento em que � preciso ter arrecada��o e crescimento econ�mico. "Esse projeto n�o traz nenhuma arrecada��o", ressaltou.