No Dia do Trabalho, Cunha e Dilma polemizam sobre a terceiriza��o

No Dia do Trabalho, o presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), polemizou com a presidente Dilma Rousseff. Enquanto Dilma, por meio de v�deo postado no Blog do Planalto, criticava a proposta de regulamenta��o da terceiriza��o aprovada na C�mara, Cunha disse que a presidente deveria ter "cautela" no debate sobre a mat�ria.

Em evento da For�a Sindical nesta sexta-feira, 1º de maio, para comemorar o Dia do Trabalho, na capital paulista, Cunha afirmou que a presidente n�o � sustentada politicamente somente pelo PT, mas por v�rios partidos e todos votaram pelo projeto da terceiriza��o. "A presidente da Rep�blica tem que ter cautela, ela tem o direito de vetar qualquer proposta, embora a �ltima palavra seja do Congresso", disse ele. "� muito importante que a pauta do PT n�o seja do governo".

Em contrapartida, Dilma destacou que a regulamenta��o do trabalho terceirizado precisa "manter a diferencia��o entre atividades-fim e meio, nos v�rios setores produtivos". "Sei que � importante regulamentar o trabalho terceirizado no Brasil, para que 12,7 milh�es de trabalhadores terceirizados tenham prote��o ao emprego, direitos trabalhistas e previdenci�rios e garantia de um sal�rio digno", disse a presidente no v�deo, destacando que regulamentar a terceiriza��o significa tamb�m uma "maior seguran�a para o empregador".

Positiva para o trabalhador

Tamb�m no evento da For�a Sindical, Eduardo Cunha insistiu que o projeto de lei que regulamenta a terceiriza��o da m�o de obra do Brasil ser� "positiva para o trabalhador". "Virando lei, a terceiriza��o ser� um ganho para o trabalhador", afirmou o deputado.

Cunha listou a responsabilidade solid�ria do contratante e o recolhimento de contribui��es previdenci�rias como pontos positivos do projeto. Sobre a situa��o econ�mica do Pa�s, o presidente da C�mara disse que os trabalhadores brasileiros devem estar apreensivos diante da possibilidade de perda do emprego e da renda.

"Para combater isso, s� reajustando a economia para que o Pa�s volta a crescer", disse. Questionado se o ajuste tem sido bem conduzido, Cunha disse n�o ter condi��es de dizer qual o melhor caminho. "Temos que aguardar o resultado", afirmou.