Cerim�nia da ExpoZebu tem protesto e aus�ncia de Pimentel e K�tia Abreu

O evento de abertura oficial da ExpoZebu 2015 foi marcado neste domingo por protestos de pecuaristas e movimentos sociais, al�m das aus�ncias da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, da ministra da Agricultura, K�tia Abreu e do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

Durante os discursos do prefeito de Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, sede da ExpoZebu, Paulo Piau (PMDB) e do vice-governador de Minas, Antonio Andrade (PMDB), pouco mais de 50 pessoas, que j� estavam no local antes do in�cio do evento e ficaram do lado de fora da pista de julgamentos da feira e do palanque oficial onde foi a cerim�nia, fizeram apita�o, panela�o e vaiaram os pol�ticos, al�m de gritar frases como "Fora, Dilma", "Fora, PT", "Pimentel covarde".

O �nico que n�o sofreu manifesta��o contr�rias foi o presidente da Associa��o dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Claudio Paranhos. Entretanto, quando mencionou, em sua fala, a insatisfa��o da entrega da Medalha da Inconfid�ncia ao l�der do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Jo�o Pedro St�dile, no dia 21, por Pimentel, os manifestantes protestaram, enquanto a plateia aplaudiu.

"Temos o dever de externar as preocupa��es que testemunhamos em nossos associados com a recente homenagem ao chefe do movimento que comanda as invas�es de terras e a destrui��o de instala��es de produ��o e pesquisa agropecu�ria em nosso Pa�s, afrontando constantemente a lei e o Poder Judici�rio", disse Paranhos.

J� o prefeito do munic�pio aproveitou seu discurso para falar sobre as manifesta��es no evento. "Eu poderia estar usando espa�o para pedir algumas coisas para a cidade. Mas eu quero aqui conclamar o povo brasileiro a ter amor e Justi�a pelo Pa�s. Precisamos de atitude, um pacto para ordem e disciplina. Faz parte tamb�m a manifesta��o hoje, voc�s sejam bem-vindos. Toda manifesta��o sendo pacifica e ordeira merece o nosso aplauso", disse. A cerim�nia tamb�m fez uma a��o simb�lica para marcar o in�cio da campanha nacional contra febre aftosa. As autoridades "vacinaram" um zebu�no que estava exposto na pista.

Justificativas e aus�ncias

Andrade, ap�s a cerim�nia, disse que at� � noite de ontem estava acertada a vinda de Pimentel. "Foi motivo de quest�o familiar, ele tem um grande apre�o pela feira e pela cidade e esse governo, por exemplo, tem sete associados da ABCZ. Mas ele deve vir essa semana a Uberaba", disse.

Sobre a insatisfa��o do setor rural mineiro com rela��o � medalha concedida a St�dile, Andrade afirmou que o governo � transparente, plural, composto por v�rios partidos, que discutir� os problemas do Estado. "Cada um faz a sua defesa da forma que quer", disse, referindo-se ao pronunciamento do presidente a ABCZ.

J� o prefeito de Uberaba recebeu "com tristeza" a aus�ncia de Pimentel. "Mas respeito o motivo, que ainda n�o sei qual foi", ressaltou. Piau iria entregar alguns of�cios ao governador, como de cobran�as de uma solu��o definitiva sobre o gasoduto, da constru��o do hospital regional e de recursos para o parque tecnol�gico. "Com certeza se n�o entregamos of�cio aqui, quem sabe ele vem essa semana. Se n�o vier, vamos a BH falar com ele", disse.

Paranhos, da ABCZ, falou que tanto a aus�ncia da ministra quanto do governador pode ter acontecido pelo momento de "recolhimento" pelo qual o governo, principalmente o federal, est� passando. "Entretanto, essas aus�ncias n�o atrapalham em nada nossa interlocu��o com os governos estaduais e federais, j� que temos agenda positiva com eles. Estamos com bandeira apartid�ria defendendo a pecu�ria brasileira", ressaltou.

Sobre sua manifesta��o sobre a medalha, Paranhos disse que o governador entende o posicionamento contra do setor. "Ele � um homem p�blico e muito inteligente. Minas � um Estado-refer�ncia em agroneg�cio e n�o vai deixar de ser", declarou.

J� o presidente da Comiss�o da Bovinocultura de Corte da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA) e diretor da ABCZ, Antonio Pitangui de Salvo, disse que sabe que K�tia Abreu est� viajando, mas se mostrou um insatisfeito com a aus�ncia de Pimentel. "Continuamos a fazer nosso trabalho. Se as pessoas n�o se sentem confort�veis de estar com o setor que produz, paci�ncia. O setor precisa ser respeitado", declarou.