Bras�lia, 06 - Ap�s a realiza��o de dilig�ncias na C�mara para buscar provas contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o peemedebista disse que as buscas demonstram "desespero" do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, na tentativa de encontrar provas "para justificar algo que n�o aconteceu".
O ministro Teori Zavaski, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma dilig�ncia na Casa a pedido de Janot. "� uma tentativa de procurar prova para justificar algo que n�o aconteceu. S�o circunst�ncias que mostram o desespero do procurador de tentar encontrar alguma coisa que possa tentar me incriminar", afirmou Cunha.
O presidente da C�mara voltou a dizer que Janot escolheu seus investigados por quest�es pessoais. "Respondo a qualquer conte�do que me for provocado. Efetivamente o procurador escolheu a quem investigar. H� uma querela pessoal. N�o h� a menor d�vida em rela��o a isso", disse.
Cunha negou que qualquer material tenha sido recolhido em seu gabinete e disse ter ordenado que se "facilitasse" o acesso dos policiais federais � Casa. "O que foi feito aqui � absolutamente desnecess�rio. N�o precisa ser feito isso. Bastava mandar um of�cio, mandaria tudo que se pediu. Vir aqui buscar daquela forma o que vieram buscar... Bastava mandar um of�cio. N�o precisava de nada disso", afirmou.
O presidente da C�mara afirmou ainda que, durante a reuni�o da Mesa Diretora, foi discutida a necessidade de se organizar o acesso de servidores a senhas e e-mails de deputados. Na semana passada, Cunha levantou a hip�tese de os registros internos da C�mara terem sido fraudados para implic�-lo nas investiga��es da Opera��o Lava Jato.
MPs
Cunha afirmou ainda que acredita na aprova��o das medidas provis�rias do ajuste fiscal (MP 664 e 665). "N�o acho que o governo vai perder nenhuma medida provis�ria, porque n�o tem esse hist�rico de se perder e at� porque tem muitos destaques (para serem apreciados em plen�rio)", disse.
Contudo, ele afirmou que o governo ter� de se esfor�ar para obter apoio da base aliada para atingir �xito na vota��o. "O governo ter� que ter a sua base para votar. Ningu�m vai deixar de votar porque vai ter falta (com desconto em sal�rio) e, consequentemente, se n�o concordar, vai votar contra", disse.
Cunha alertou tamb�m para o risco de destaques apresentados para aprecia��o em plen�rio que podem mudar o conte�do da 665, que altera benef�cios trabalhistas. "O que pode acontecer � que o conte�do de algum destaque, alguma emenda, alguma supress�o seja feita e possa ser caracterizada como algo com que o governo n�o esteja de acordo", indicou.
A C�mara retomou nesta tarde a sess�o de vota��o da MP 665, que muda regras de acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Segundo o presidente, a MP 664, que altera a concess�o da pens�o por morte, e a MP 663, ampliando de R$ 402 bilh�es para R$ 452 bilh�es o limite da parcela dos empr�stimos do BNDES no �mbito do Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI), podem ser lidas hoje em plen�rio e colocadas em vota��o.
"A pauta est� trancada pelo ajuste, n�o me cabe fazer nada. Vamos come�ar pela 665 e, se por acaso n�o andar ou n�o passar ou retirarem de pauta, vou convocar outra sess�o. E a� provavelmente vou ver se est� pronta a an�lise das medidas provis�ria 663 e 664, vou l�-las e coloc�-las tamb�m", disse.