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Estado de Minas

� CPI, Youssef detalha esquema de repasses a pol�ticos do PP

De acordo com o doleiro Alberto Youssef, era feita uma lista para repassar propina para pol�ticos do partido


postado em 11/05/2015 12:49 / atualizado em 11/05/2015 13:12

S�o Paulo - O doleiro Alberto Youssef esclareceu nesta segunda-feira aos integrantes da CPI da Petrobras que o ouvem em Curitiba, que passava recursos para lideran�as do PP que ent�o repassavam o dinheiro a parlamentares do partido. "A maioria n�o estive com eles (pessoalmente). Era feita uma lista com os nomes", relatou o doleiro.

Perguntado quem eram as lideran�as partid�rias que recebiam diretamente os valores, Youssef disse que foram v�rios, mas que se lembrava de Jo�o Pizzolatti, Nelson Meurer e Mario Negromonte.

Youssef tamb�m confirmou que houve um jantar com diversos parlamentares do PP para agradecer ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pelos resultados na campanha de 2010.

O doleiro foi questionado pelo deputado Julio Delgado (PSB-MG), que disse querer separar o joio do trigo. Delgado relatou que h� deputados do PP que alegam ter visto Youssef e Costa apenas nesse jantar e que n�o sabiam do esquema de corrup��o operado por eles.

Youssef disse tamb�m que ele operou doa��es legais a partidos e candidatos. Segundo Youssef, as empresas envolvidas no esquema faziam doa��es oficiais a partidos e comit�s de campanha e apresentavam o valor a ele para descontar do montante que seria cobrado em propina referente a contratos fechados com a Petrobras.

"Eu fiz doa��o oficial e descontei daqueles contratos, das propinas", relatou Youssef. Ele disse ter operado nesse sentido principalmente para o PP.

Youssef afirmou tamb�m que apenas parte desse mecanismo passava por ele, mas que era um procedimento comum que tamb�m passava por outros operadores. Perguntado por parlamentares se o esquema poderia passar por remessas internacionais, disse que ele n�o operava tal mecanismo no exterior, mas que empresas provavelmente fizeram tamb�m esse caminho, por terem opera��es fora do Pa�s e ser uma forma de esconder os repasses.

Amea�as

Youssef afirmou que ele e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa n�o usavam de amea�as ou amea�as veladas para cobrar propinas atrasadas de empresas fornecedoras da estatal. "Os pagamentos eram acertados antes, ent�o era cobrado de forma normal, nunca teve nenhum tipo de amea�a", disse a deputados.

Pressionado pelo deputado Aluisio Mendes (PSDC-MA), que chegou a chamar Youssef de bandido nos questionamentos, Youssef apenas baixou o tom de voz e repetiu que a cobran�a, em caso de atrasos no repasse de desvios, era feita de maneira "normal", �s vezes por ele, �s vezes por Costa e �s vezes pelos dois juntos.

Carceragem

O doleiro Alberto Youssef desconversou quando questionado por integrantes da CPI da Petrobras sobre o momento de f�ria, quando quebrou um vidro da carceragem de Curitiba em outubro. "Foi uma quest�o pessoal minha num momento com o advogado", respondeu sem dar mais detalhes na oitiva realizada na capital paranaense.

Depois de oito meses preso, Youssef se descontrolou em uma discuss�o e quebrou o vidro de um dos parlat�rios da carceragem. Na ocasi�o, a defesa disse que foi uma rea��o pessoal e que o doleiro estava com a sa�de debilitada.


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