S�o Paulo e Curitiba, 12 - "O Brasil � movido a corrup��o", afirmou na manh� desta ter�a-feira, 12, a doleira Nelma Penasso Kodama, condenada a 18 anos de pris�o nos processos da Opera��o Lava Jato, em depoimento � CPI da Petrobras, em Curitiba. "Uma vez que parou a corrup��o, parou o Brasil. Faltou �gua, � a Lava Jato. Subiu a energia, foi a Lava Jato", afirmou Nelma, que � doleira confessa e est� presa em Curitiba, desde que foi deflagrada a opera��o, quando tentava embarcar para a It�lia com 200 mil euros escondidos na calcinha.
"Uma corrup��o cobre a outra corrup��o. � o que chamamos no meu mercado de bike. Um santo cobrindo o outro. Quebrou o v�cio, o c�rculo, a� o Pa�s entrou em crise. O Pa�s entrou em uma recess�o", afirmou Nelma.
Conhecida como 'Dama do Mercado', ela foi condenada pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, a 18 anos de pris�o e multa por liderar um esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas que teria movimentado de forma fraudulenta R$ 221 milh�es em dois anos e enviado para o exterior outros de U$S 5,2 milh�es por meio de 91 opera��es de c�mbio irregulares.
"Eu tenho vergonha de dizer hoje que sou doleira, de ter participado disso tudo. Eu admiro a atua��o do juiz federal S�rgio Moro, mesmo sendo condenada a uma pena pesada. Eu o admiro, eu acho que est�o tentado virar, falando que h� desemprego, recess�o, porque pararam as obras", afirmou a doleira.
"Se for necess�rio que haja desemprego ou recess�o para acabar com corrup��o� vamos l�, somos brasileiros."
Nelma est� detida em Curitiba desde mar�o de 2014, quando foi presa com 200 mil euros na calcinha tentando embarcar para a It�lia. Ela come�ou a prestar depoimento aos deputados da CPI da Petrobr�s, em Curitiba, por volta das 10h da manh� desta ter�a-feira, 12. Os parlamentares est�o na capital do Paran� para ouvir 13 alvos das investiga��es que est�o presos.
"Eu sou doleira, comprava e vendia moedas no mercado negro. E isso vai constar no termo de colabora��o que estou firmando", afirmou a doleira.