
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, 14, ter autorizado o seu advogado a entregar ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), os seus sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico. Na chegada ao Senado, Renan fez quest�o de dizer que "a nenhum homem p�blico � proibido ser investigado" e que n�o tem "absolutamente nada a temer".
A Pol�cia Federal encaminhou ao Supremo pedido para quebra de sigilo contra Renan, o senador Fernando Collor (PTB-AL), o deputado An�bal Gomes (PMDB-CE) e o ex-deputado Jo�o Pizzolatti (PP-SC), sobre investiga��es por suposta participa��o no esquema de corrup��o envolvendo a Petrobras, descoberto pela Opera��o Lava Jato.
A PF enviou as solicita��es a Teori Zavascki, relator da Lava Jato, em 7 de maio. Os pedidos foram protocolados em segredo de Justi�a e de forma separada dos inqu�ritos nos quais os pol�ticos s�o investigados. Nos casos em que Renan, Gomes e Collor s�o investigados, tamb�m foi requisitada quebra de sigilo fiscal.
O presidente do Senado disse que quer aproveitar esses momentos para esclarecer tudo. "Estou entregando ao ministro Teori (os meus sigilos), ele n�o precisa sequer despachar, todos os meus sigilos sem exce��o", afirmou.
"Existem aqueles que t�m o que dizer e aqueles que n�o t�m o que dizer. Da minha parte, fique absolutamente tranquilos que eu quero esclarecer, dar todas as informa��es e entregar o meu sigilo e quero que essas coisas se esclare�am o mais r�pido poss�vel", destacou Renan.
O presidente do Senado desconversou quando questionado se o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, estaria exagerando nos pedidos. Tamb�m n�o quis responder sobre os pedidos feitos por Fernando Collor, seu aliado, de abertura que protocolou na ter�a-feira (12) quatro representa��es contra Janot, questionando decis�es dele e alegando "crimes de responsabilidade", o que poderia resultar no afastamento do chefe do Minist�rio P�blico Federal. Collor pediu que a Mesa Diretora do Senado, presidida por Renan, forme uma "comiss�o especial para analisar a admissibilidade das den�ncias".
Renan disse apenas que n�o sabe o que houve, no caso das representa��es de Collor, e que n�o tem nada a esconder porque tudo que faz ocorre � luz do dia.