S�o Paulo, 19 - O ex-deputado Luiz Arg�lo (afastado SD-BA), preso na Opera��o Lava Jato, afirmou em depoimento � Pol�cia Federal, no Paran�, em 16 de abril, que o conselheiro do Tribunal de Contas do Munic�pio, em Salvador, M�rio Negromonte, ex-ministro de Cidades do governo Dilma, deu um rel�gio Rolex ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo Arg�lo, o presente foi entregue durante um jantar em 2010, em Bras�lia.
Arg�lo � r�u em uma das a��es penais da Lava Jato. O juiz S�rgio Moro acolheu den�ncia criminal da Procuradoria da Rep�blica contra o ex-deputado. A investiga��o revela que Arg�lo fez 93 viagens �s custas de recursos da C�mara dos Deputados, 40 delas para visitar o doleiro Alberto Youssef, pe�a central da Lava Jato.
� PF, o ex-deputado contou que conheceu Youssef na casa de M�rio Negromonte. O doleiro teria sido o respons�vel por levar o Rolex para o ex-ministro, naquele jantar.
Segundo Arg�lo, da casa de Negromonte, eles foram a um restaurante em Bras�lia, onde ocorreria um jantar de fim de mandato.
"No restaurante, em determinado momento, chegou outro indiv�duo, at� ent�o desconhecido do declarante; que M�rio se levantou da mesa, juntamente com outros dois ou tr�s deputados, deu boas vindas em voz alta ao "Doutor Paulo" e entregou justamente o rel�gio Rolex que o declarante examinara no apartamento para "Doutor Paulo", como presente", contou Argolo.
Ele afirmou que soube em outro momento que "Doutor Paulo" era Paulo Roberto Costa, 'j� que n�o ficou no restaurante at� o fim do jantar', e que teve conhecimento que a pessoa que havia levado o Rolex para Negromonte era Alberto Youssef em mar�o de 2011.
M�rio Negromonte � apontado em dela��o premiada de Youssef como um dos l�deres do PP que recebia repasses mensais entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. O ex-ministro nega as acusa��es.
O PP, o PT e o PMDB s�o suspeitos de lotear diretorias da Petrobras para arrecadar propina em grandes contratos, mediante fraudes em licita��es e conluio de agentes p�blicos com empreiteiras organizadas em cartel. O esquema instalado na estatal foi desbaratado pela for�a-tarefa da Lava Jato.