Bras�lia, 20 - A forte press�o de partidos da base e da oposi��o contra uma decis�o do presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o obrigou a recuar nesta quarta-feira, 20, em meio � pol�mica envolvendo a constru��o de anexo com lojas e escrit�rios de empresas privadas no mesmo ambiente do Legislativo. Foi o primeiro recuo importante de Cunha de uma decis�o apontada por ele como fiel ao regimento da C�mara.
Antes do recuo, o presidente havia realizado uma manobra regimental retirando uma demanda do PSOL da pauta de vota��o dos destaques sugerindo mudan�as no texto base da Medida Provis�ria 668, que aumenta PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre produtos importados.
A legenda socialista tentava suprimir do texto-base da MP, aprovado na noite de ontem, uma permiss�o para a C�mara construir um anexo em parceria com a iniciativa privada. O anexo avaliado em R$ 1 bilh�o foi uma das promessas da campanha de elei��o de Cunha na C�mara. O novo pr�dio vem sendo chamado de "projeto shopping center".
As parcerias p�blico privadas (PPPs) s�o proibidas ao Poder Legislativo, mas seriam liberadas a partir da emenda, que foi mantida no texto da MP mesmo sendo um tema adverso ao da medida provis�ria. Na vota��o da noite de ontem, Cunha eliminou da MP uma s�rie de artigos que fugiam do tema da medida, os chamados 'jabutis', mas manteve a autoriza��o de PPP.
Os l�deres partid�rios subiram o tom de cr�ticas ao presidente por retirar a emenda do PSOL sem consultar os demais l�deres. Ap�s mais de uma hora de embates contra Cunha, ele decidiu votar em separado o artigo 3� da MP 668, que era alvo da emenda socialista.