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Estado de Minas

Governo est� pagando seus pr�prios pecados, diz Fernando Henrique


postado em 23/05/2015 16:31 / atualizado em 23/05/2015 20:14

 (foto: Wilson Dias/Agência Brasil )
(foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil )

Bras�lia, 23 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou neste s�bado, 23, o corte de despesas federais anunciado pelo governo Dilma Rousseff. Para ele, o bloqueio de R$ 69,9 bilh�es em gastos p�blicos, incluindo investimentos, demonstra que o Pa�s � mal governado. "A situa��o fiscal � de tal maneira dif�cil, e foi consequ�ncia de erros dos governos, que agora, com esse corte, o governo est� pagando seus pr�prios pecados e vai ter que tomar medidas de conten��o, como est� tomando", disse o ex-presidente, ap�s participar de semin�rio em universidade particular de Bras�lia.

O l�der tucano fez quest�o de destacar que o corte do or�amento foi uma medida necess�ria, por�m ingrata, para resolver a grave situa��o fiscal do Pa�s. "Qual � a critica que eu posso fazer? N�o � � conten��o. � que h� uma esp�cie de opera��o sem anestesia. Quando voc� faz uma conten��o fiscal voc� tem que explicar ao Pa�s o que vem depois, para qu� voc� faz, qual a esperan�a, qual o horizonte. E agora n�s s� estamos vendo nuvem negra. A� as pessoas ficam irritadas e n�o aceitam" disse Fernando Henrique aos jornalistas.

O corte de despesas aplicado por Dilma foi o maior realizado em or�amentos federais desde que o PT chegou ao poder, em 2003. Foram cortados R$ 25,7 bilh�es em investimentos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), onde est�o inclu�dos quase R$ 7 bilh�es em cortes no programa Minha Casa, Minha Vida.

A reten��o de despesas faz parte do duro ajuste fiscal conduzido pelo governo Dilma para recuperar a credibilidade fiscal. Em janeiro, o governo j� tinha elevado impostos sobre combust�veis e sobre o cr�dito ao consumidor. Al�m disso, h� duas medidas provis�rias no Congresso Nacional que restringem a concess�o de benef�cios previdenci�rios e trabalhistas.

"A situa��o � muito grave no Brasil, o problema � que a responsabilidade � dos governos. N�o era necess�rio que tivesse sido feito tanto gasto. O Brasil come�ou a gastar como se os gastos fossem ilimitados. Agora est�o pagando a conta. E como foi esse pr�prio governo que mais errou � bom que seja ele tamb�m que tenha que tomar as medidas mais duras", criticou FHC, ap�s proferir uma palestra de quase duas horas a uma plateia de 200 estudantes.

Pedaladas
De acordo com FHC, a a��o penal que seu partido, o PSDB, vai perpetrar na Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) na pr�xima ter�a-feira contra o governo Dilma por conta das "pedaladas fiscais", pode ter um encaminhamento positivo. "O que houve de pedalada fiscal � contra a lei de responsabilidade fiscal. N�o tenha d�vida que �. E houve abundantemente e isso pode ser crime", afirmou FHC.

No entanto, um processo de impeachment necessita de "provas cabais", indicando, portanto, que elas ainda n�o surgiram. "Eu nunca vi que o PSDB como tal tivesse dito: 'eu sou pr�-impeachment da presidente Dilma'. Houve tend�ncia aqui, tend�ncia ali", disse FHC.

O ex-presidente foi aplaudido pelos alunos ap�s pedir a uni�o em torno de um projeto que permita ao Pa�s superar a crise pol�tica e econ�mica. Mas em seguida fez quest�o de ressaltar que n�o estava pedindo apoio ou ades�o ao governo Dilma Rousseff. "N�o vou aderir ao governo Dilma, cada um no seu canto", disse o ex-presidente, que governou o Brasil de 1995 a 2002.

"N�o est� claro se vamos pegar um caminho certo. Estou sentindo a falta de lideran�a, a falta de determina��o para fazer alguma converg�ncia. Quando falo disso, sou criticado porque estou querendo aderir ao governo da Dilma. Estou falando de converg�ncia nacional. Pode ficar cada um no seu canto", disse FHC.


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