Paulo Paim afirma que recorrer� ao STF contra mudan�as no abono salarial

Bras�lia, 26 - O senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu nesta ter�a-feira, 26, questionar, no Supremo Tribunal Federal (STF), as novas regras do abono salarial contidas na Medida Provis�ria 665, que endurece o acesso a benef�cios trabalhistas e que est� em vota��o neste momento no Senado. Caso a MP seja aprovada com o texto atual, Paim disse que recorrer� � Corte contra o pagamento proporcional do abono salarial - hoje, o repasse � integral, no valor de um sal�rio m�nimo, independente do tempo de trabalho. "Pela reda��o da MP ele (o trabalhador) vai ganhar 200 pilas", alegou Paim. "Isso � esmola", complementou o parlamentar, que forma com os tamb�m petistas Walter Pinheiro (BA) e Lindbergh Farias (RF) uma frente de opositores ao ajuste fiscal defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Paim afirmou que, em troca de seu apoio �s medidas do ajuste, tentou negociar com o governo dois compromissos: um veto total ao artigo do abono salarial e a promessa de que n�o haveria veto � emenda, inserida em outra MP, que flexibilizou o fator previdenci�rio. Mas, relatou Paim, o Pal�cio do Planalto n�o cedeu.

Nesta tarde, os l�deres do governo na Casa, Delc�dio Amaral (PT-RS), e do PT, Humberto Costa (PE), disseram que a presidente Dilma Rousseff aceitara vetar parcialmente o artigo do abono. O compromisso, no entanto, se refere apenas � redu��o do tempo de car�ncia para o recebimento do benef�cio de tr�s meses - conforme consta na MP - para a manuten��o das normas atuais, de 30 dias. "Nem isso foi prometido", reclamou Paim.

Paim disse ainda que n�o se sente incomodado em votar contra a orienta��o de sua bancada, que nesta tarde fechou quest�o pela aprova��o das MPs do ajuste. "A esta altura do campeonato, por fechamento de quest�o, eu vou votar contra o trabalhador? Claro que n�o".

O senador petista disse ainda que, caso o governo se mantenha inflex�vel nos temas do abono salarial e da flexibiliza��o do fator previdenci�rio, ele tamb�m votar� contra a Medida Provis�ria 668, que aumenta al�quotas de importa��o e que tamb�m faz parte do ajuste fiscal.