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Estado de Minas

Russomanno admite que 'teve de ceder' por acordo sobre doa��o empresarial


postado em 28/05/2015 16:37

S�o Paulo, 28 - Autor da emenda � PEC da Reforma Pol�tica que pode constitucionalizar a doa��o empresarial a partidos, o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) admitiu ter votado contra o que ele defende na ess�ncia. O deputado disse ser contra a doa��o de empresas, tanto a campanhas como a partidos. "Sou totalmente contra o financiamento de empresas. S� que, para conseguir um acordo, a gente teve que ceder", afirmou o l�der do PRB na C�mara. "Minha linha � a da doa��o da pessoa f�sica, mas temos que ir aos poucos", justificou. "Acho que a gente, assim, ganha 50% j�", disse.

A medida colocada pela emenda de Russomanno � criticada por analistas e cientistas pol�ticos por aumentar as chamadas doa��es ocultas, quando o dinheiro entra no caixa dos partidos e depois � repassado para a campanha de um candidato. Esses repasses acabam tendo a origem empresarial camuflada nas presta��es de conta dos candidatos, sem que o eleitor possa fiscalizar qual de fato foi a origem do recurso. E, de toda forma, as campanhas acabam recebendo o recurso empresarial, mas de uma forma menos transparente.

O pr�prio Russomanno criticou esse mecanismo ao atacar a campanha do seu advers�rio na campanha municipal de 2012 em S�o Paulo, o atual prefeito Fernando Haddad (PT). Ele acusou Haddad em programa que apresenta na televis�o de regulamentar o uso de sacolinhas pl�sticas para favorecer a empresa fabricante. Tal empresa contudo � doadora do PT e n�o do candidato.

Russomanno reconhece que � um problema, mas que pode ser solucionado com um projeto de lei que obrigue os partidos a abrir os dados dos repasses. Ele prometeu inclusive que vai encaminhar tal proposta. Sobre coibir a doa��o empresarial, ele afirmou que o PRB vai lutar por um teto baixo para as doa��es para partidos no momento da regulamenta��o da PEC - considerando que ela seja aprovada como est� no Senado. Para Russomanno, o ideal seria algo entre 0,2% e 0,3% do faturamento. Hoje, as empresas podem doar at� 2% do faturamento bruto para campanhas.

O l�der do PRB argumentou ainda que a doa��o direta de empresas a candidatos � mais mal�fica � democracia, pois "entre quatro paredes, dois negociam tudo". Ele argumenta que � mais dif�cil o eleitor saber o que o candidato pode ter negociado diretamente com empresas doadoras.

Nos bastidores, comentou-se que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pressionou partidos menores para tentar obter maioria nas vota��es da PEC da Reforma Pol�tica. Apesar da derrota em aprovar o "distrit�o", Cunha conseguiu atrav�s da emenda de Russomanno incluir o tema que lhe era caro, que era colocar na Constitui��o a doa��o empresarial. O deputado nega que tenha feito a emenda para agradar ao presidente da C�mara. "A mim ele n�o pressiona em nada, eu n�o aceito. N�o vou ceder a amea�as", declarou.


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