N�o estamos aumentando impostos, afirma Dilma

S�o Paulo, 29 - Depois de receber cr�ticas de membros do PT de que houve falha na sua comunica��o para explicar o ajuste fiscal para a popula��o, a presidente Dilma Rousseff, em evento promovido pelo PCdoB, em S�o Paulo, afirmou na noite desta sexta-feira, 29, que o governo "n�o est� aumentando impostos". "Conseguimos aprovar as MPs que precis�vamos e agora precisamos aprovar o PL que reduz a desonera��o da folha, mas n�s n�o estamos com isso aumentando imposto", afirmou.

Segundo Dilma, MPs 664 e 665, que alteram benef�cios trabalhistas, s�o apenas "corre��es de rumo", mas o projeto de lei das desonera��es � "crucial" para o sucesso do ajuste fiscal do governo. "Esse projeto � crucial e � ele que d� a maior parcela do ajuste", afirmou. A presidente lembrou que o projeto gerou perdas de R$ 25 bilh�es em arrecada��o e que o projeto, se aprovado, vai reduzir as perdas para R$ 12 bilh�es.

Dilma garantiu que o governo vai manter seus projetos sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. E refor�ou que pol�tica de subs�dios do governo n�o acabou, apenas ter� uma menor escala. "Agora temos que reequilibra o fiscal", refor�ou.

Apesar de reconhecer que o pa�s enfrenta um momento dif�cil, Dilma afirmou que o Brasil vai continuar avan�ando e os resultados v�o aparecer. "H� uma agenda de futuro simultaneamente a do ajuste fiscal", afirmou, ressaltando que essa agenda ainda est� sendo constru�da e que ela deve ser feita de forma "cuidadosa". "O Brasil vai continuar avan�ando, em que pese toda a dificuldade e turbul�ncia politica provocada pelo acirramento do que foi essa terceira elei��o", disse, para depois corrigir: "A quarta, pois a terceira foi mansa".

Dilma disse que a reforma pol�tica � fundamental para fortalecer os partidos e defendeu o fim do financiamento empresarial de campanha. "Considero que temos que introduzir na Constitui��o o fim do financiamento empresarial", disse. "Temo que isso esteja seja postergado", refor�ou.

Petrobras

Em seu discurso, Dilma voltou a afirmar que a Petrobras "virou a p�gina dos processos de corrup��o que a atingiram profundamente" e disse que a aprova��o e divulga��o do balan�o foi uma comprova��o de que a estatal agora j� vive uma nova etapa. "Agora temos condi��es de lan�ar o plano estrat�gico de investimento da Petrobras", disse.

Dilma fez uma longa defesa do programa de conte�do nacional e afirmou que ele foi o respons�vel pela cria��o de muitos empregos no pa�s. "O Brasil n�o vai ser aquele pa�s que s� exporta �leo bruto; n�o vamos cair na maldi��o do petr�leo", afirmou, ressaltando que pa�ses que n�o usam a cadeia do petr�leo acabam se desindustrializando.