Bras�lia –O empres�rio Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, um dos alvos centrais da Opera��o Acr�nimo, n�o chegou a dormir na pris�o. Depois de passar mais de 12 horas preso na Superintend�ncia da Pol�cia Federal, no Distrito Federal, Oliveira foi solto ainda na sexta-feira. Para recuperar a liberdade, o empres�rio teve que pagar fian�a de R$ 78 mil. O valor foi arbitrado pelo delegado que est� � frente do caso. Ele havia sido preso em flagrante por forma��o de quadrilha. A Pol�cia Federal n�o esclareceu o que o empres�rio estava fazendo no momento da pris�o para configurar o flagrante.
A suspeita � de que o dinheiro seria usado em campanhas petistas. As empresas controladas por Ben� e seus familiares receberam pelo menos R$ 525 milh�es em
contratos com �rg�os do governo federal entre 2005 e 2015, em especial os minist�rios da Sa�de, das Cidades e do Combate � Fome, n�meros apresentados � imprensa pela PF. Segundo a PF, h� uma “confus�o patrimonial” e ind�cios de lavagem de dinheiro com o uso de “laranjas”.
A opera��o incluiu buscas em um endere�o usado at� o ano passado em Bras�lia pela atual primeira-dama do governo de Minas, Carolina Oliveira Pereira, que se casou em abril passado com o governador. Pimentel afirmou, no s�bado, que houve “um
erro” da PF e negou quaisquer irregularidades nos servi�os fornecidos por uma empresa de Carolina que deixou de existir no ano passado, a Oli Comunica��o.
DOCUMENTOS Carolina Oliveira divulgou em um site na internet documentos da Oli Comunica��o e Imagens, que comprovam que a empresa n�o funcionava desde julho do ano passado no endere�o onde hoje est� localizada uma das firmas de Ben�. No endere�o eletr�nico (comunicadoimprensa.com.br), h� c�pia do termo de encerramento do contrato de aluguel da sala, datado de 20 de julho de 2014 e assinado pela Rafael Souza Empreendimentos Imobili�rios. “A Oli Comunica��o nunca dividiu seu endere�o comercial com qualquer outra empresa. O documento abaixo registra o fim o contrato de loca��o no edif�cio Brasil 21, em Bras�lia, em 20 de julho de 2014. (…)A outra empresa apontada pela investiga��o passa a ocupar o im�vel apenas no dia 28 de agosto, conforme altera��o contratual registrada na Junta Comercial. O documento consta nos autos do processo”, diz o texto, que apresenta o documento.
“A Oli Comunica��o exerceu suas fun��es de maneira regular entre 2012 e o final de 2014. Neste per�odo, nunca recebeu recurso p�blico ou de partidos pol�ticos.” O PSDB de Minas anunciou nessa segunda-feira que pedir� � Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) que instaure inqu�rito para apurar o uso do avi�o apreendido. Em nota, o
partido afirma que vai solicitar as rotas de voos e a lista de passageiros em cada
trecho cumprido pela aeronave durante o per�odo eleitoral de 2014.
Isso seria feito, segundo os tucanos, por meio de intima��o �s empresas que administram hangares nos aeroportos em Belo Horizonte e Bras�lia, al�m da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) e Infraero.