Bras�lia, 08 - O vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), defende que os parlamentares determinem quebra de sigilos banc�rio, fiscal e de telecomunica��es do representante da SBM Offshore no Brasil J�lio Faerman, caso ele fa�a a op��o por permanecer calado no depoimento que ir� prestar amanh�, dia 9, na C�mara dos Deputados. A defesa de Faerman conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), concedido pela ministra Rosa Weber, para garantir o direito de o representante da SBM permanecer em sil�ncio na CPI da Petrobras.
"N�s vamos respeitar o direito constitucional dele ficar em sil�ncio, mas acho que imediatamente a CPI tem que quebrar o sigilo banc�rio, fiscal, telem�tico, telef�nico. Dele, das empresas e de toda a fam�lia e s�cios", afirmou Imbassahy nesta tarde. Para ele, aqueles que chegam com habeas corpus na CPI "sabem que fizeram alguma coisa errada". "O cara quando chega aqui com habeas corpus dessa natureza est� pedindo direito a mentir, para ficar calado. � uma pessoa que sabe que fez alguma coisa errada, portanto temos que seguir essa trilha (do dinheiro), fazer a investiga��o", defende o tucano.
O primeiro a conseguir no Supremo liminar para permanecer calado durante a CPI e n�o ser obrigado a assinar o termo de compromisso para falar a verdade foi o ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, preso preventivamente na Opera��o Lava Jato. Na sess�o da CPI, apesar de ter o habeas corpus em m�os, Vaccari optou por responder as perguntas dos parlamentares. "Ele pode chegar aqui e decidir falar. Esse � um depoimento muito esperado e muito importante", disse Imbassahy. Representante da holandesa SBM Offshore, Faerman admitiu pagar propina para funcion�rios da Petrobras.
Imbassahy destacou que a CPI est� iniciando uma nova fase, onde devem ser realizadas oitivas de investigados que fizeram acordo de dela��o premiada na Opera��o Lava Jato, acarea��es entre autoridades com depoimentos conflitantes e quebras de sigilo.