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Estado de Minas

PT vai propor nova pol�tica de alian�as na disputa � sucess�o de Dilma


postado em 09/06/2015 15:19

Bras�lia, 09 - O PT vai propor "uma nova pol�tica de alian�as", ancorada por uma frente de partidos e movimentos sociais, para disputar a sucess�o da presidente Dilma Rousseff, em 2018. A proposta consta do documento intitulado "Declara��o de Salvador", que ser� apresentado no 5� Congresso do PT, de quinta-feira, 11, a s�bado, 13, na capital baiana.

"O programa de reformas estruturais pressup�e o estabelecimento de uma pol�tica de alian�as voltada para a constru��o de uma frente democr�tica e popular, de partidos e movimentos sociais, do mundo da cultura e do trabalho, baseada na identidade com as mudan�as propostas para o per�odo hist�rico em curso", diz o texto, obtido pela reportagem.

De autoria da chapa que abriga a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, majorit�rio no PT, o documento ainda poder� receber emendas, mas o seu teor j� foi negociado pelo presidente do partido, Rui Falc�o, com v�rias tend�ncias internas.

A ideia do PT � criar um fato pol�tico de impacto com a proposta, para desviar o foco do ajuste fiscal, da crise e dos esc�ndalos de corrup��o que abalam a imagem do partido.

Prov�vel candidato � sucess�o de Dilma, Lula tem simpatia pela Frente Ampla do Uruguai. Mas, para adotar o modelo no Brasil, � necess�rio mudar o sistema pol�tico-eleitoral.

Dirigentes petistas negam que o objetivo da proposta seja encobrir a sigla PT, diante das dificuldades enfrentadas pelo partido.

"(...) Nossa proposta � a constitui��o de uma nova coaliz�o, org�nica e plural, que se enra�ze nos bairros, locais de estudo e trabalho, centros de cultura e pesquisa, capaz de organizar a mobiliza��o social, o enfrentamento pol�tico-ideol�gico, a disputa de hegemonia e a constru��o de uma nova maioria nacional", descreve a primeira vers�o do documento, que ser� apresentado no formato de resolu��o final do congresso petista.

O texto afirma que o PT "n�o economizar� esfor�os" para ajudar a reunificar os movimentos que tornaram poss�vel a reelei��o de Dilma, em 2014. Faz, ainda, uma autocr�tica, sob a alega��o de que tanto o partido como o governo erraram ao n�o enfrentar a m�dia "monopolizada" e o poder econ�mico, deixando-se contaminar pelo "primado aliancista", que "refor�ou a tend�ncia" de converter o partido em bra�o parlamentar do governo.

"A estrat�gia da frente � nosso caminho para firmar uma nova alian�a social, que incorpore setores novos e tradicionais da classe trabalhadora, das camadas m�dias, da intelectualidade e do empresariado simp�tico ao nosso projeto nacional", diz um trecho da proposta de resolu��o, que passar� pelo crivo do 5� Congresso.

Um par�grafo do texto, ainda em discuss�o por fazer uma refer�ncia indireta ao PMDB, diz que "setores dos partidos de centro, al�m de expressarem (...) o receito da intensifica��o do protagonismo popular, sinalizado pelo segundo turno da elei��o presidencial de 2014, tamb�m se sentiram mais � vontade para recompor um bloco com as for�as de direita em um momento de dificuldades para o PT e o governo da presidenta Dilma Rousseff".

Apesar das mudan�as que ainda podem ser feitas, tudo indica que os principais pontos do texto ser�o aprovados, uma vez que a chapa de Falc�o tem 429 (52,62%) dos 800 delegados do encontro.

No documento, n�o h� cr�ticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e muitos dos problemas enfrentados pelo governo na economia s�o debitados na conta da crise internacional. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda, 8, Dilma considerou "injustas" as cr�ticas a Levy e disse que ele n�o deveria ser transformado em "judas" no encontro do PT.

"(...) Diante do cen�rio atual, em que o mundo sofre as consequ�ncias do terremoto da crise global do capitalismo, o PT vem a p�blico apresentar propostas de supera��o das dificuldades do momento, ao tempo em que nos fiamos na determina��o e compet�ncia do governo da presidenta Dilma para nos liderar nessa travessia", destaca a proposta de resolu��o final.

A c�pula do PT convocou o 5� Congresso para corrigir rumos em meio � maior crise dos 35 anos do partido. Na "Declara��o de Salvador", os petistas dir�o que o Pa�s precisa de "um novo programa para um novo ciclo de desenvolvimento, cujo n�cleo fundamental � a transforma��o do sistema tribut�rio, regressivo, injusto, concentrador de renda e riqueza".

O PT defende o que chama de "revers�o da pol�tica de juros" altos, a institui��o do imposto sobre grandes fortunas, sobre grandes heran�as e sobre lucros e dividendos, sob o argumento de que s� assim � poss�vel "alavancar o modelo de desenvolvimento sustent�vel com justi�a social".

Al�m disso, o partido tamb�m vai propor a volta da CPMF, o imposto do cheque, como uma nova fonte de financiamento � sa�de, e a mudan�a das al�quotas do Imposto de Renda, com eleva��o do atual teto (de 27,5% para quem ganha mais de R$ 4,463 mil mensais), a fim de aliviar "a carga tribut�ria sobre a produ��o e a maioria dos assalariados e onerar os grandes patrim�nios e a grande riqueza".

Seguindo a recomenda��o de Lula, o PT vai tentar substituir as cr�ticas ao governo Dilma e ao ajuste fiscal pela "esperan�a"de dias melhores. "Cometemos erros, mas � fundamentalmente por nossas virtudes que as for�as conservadoras nos atacam e almejam nossa destrui��o", afirma o texto da chapa de Falc�o. "N�o aceitam que a classe trabalhadora e seu principal partido estejam no comando do Pa�s, enfrentando o legado de opress�o e desigualdade gerado em s�culos de domina��o, viol�ncia, privil�gios e preconceitos".


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