Bras�lia, 09 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aproveitou hoje sua passagem por Bras�lia para se aproximar de correligion�rios e testar sua for�a dentro do PSDB. Usando temas de forte repercuss�o nacional, como a redu��o da maioridade penal, e de grande impacto pol�tico entre prefeitos e governadores, caso da revis�o do pacto federativo, o tucano participou de debates na C�mara e de uma reuni�o com a bancada tucana na Casa.
Com os deputados do partido, foram discutidas as propostas dos tucanos para a redu��o da maioridade. O partido atualmente tem quatro propostas distintas, mas que "podem ser convergentes" na leitura das principais lideran�as. Para Alckmin, mais do que o interesse no tema, a discuss�o visa coloc�-lo num embate nacional num momento chave em que o partido tem demonstrado "patinar" em alguns temas pol�micos pautados no Congresso Nacional. "Claro que h� um gesto pol�tico nesta vinda dele neste momento. Desperta alguns interesses. Mas o clima � amistoso, n�o tem disputas", ressaltou um tucano, que participou do encontro entre o governador e as bancadas.
Entre os interesses de parte dos deputados e senadores do PSDB est� o de um poss�vel posicionamento mais incisivo na dire��o da disputa presidencial em 2018. Inicialmente, o nome do atual presidente do partido, senador A�cio Neves (MG), � considerado natural uma vez que, apesar de ter perdido a �ltima disputa para a presidente Dilma, foi o tucano mais bem votado num 2� turno nas �ltimas quatro elei��es contra o PT.
A possibilidade de Alckmin disputar a presid�ncia da Rep�blica em 2018, no entanto, "nunca foi descartada", segundo pessoas pr�ximas ao governador ouvidas pela reportagem. A discuss�o do tema neste momento, por�m, � completamente rejeitada pelo governador. H� o receio de que ao se colocar como potencial candidato presidencial a tr�s anos da disputa, tal iniciativa poder� desgast�-lo na condu��o do governo de S�o Paulo, maior col�gio eleitoral do Pa�s.
Isso porque, se colocar seu nome, teme-se que o governo federal passe a trat�-lo como inimigo e os recursos federais e parcerias que o paulista deseja para tocar o Estado sejam diminu�dos. Em raz�o disso, a ideia � fazer uma "pol�tica de boa vizinhan�a" com o Pal�cio do Planalto, continuar "surfando" em alguns temas como potencial discuss�o nacional e seguir focado na administra��o do governo estadual, que poder� servir de vitrine eleitoral em 2018.
Exemplo dessa postura � sua declara��o elogiosa hoje no lan�amento do programa de concess�es anunciado por Dilma Dilma Rousseff. "Acho que � um esfor�o positivo no momento de crise grave que o Brasil est� atravessando, de grande sofrimento para os brasileiros. � mais investimento. Tem participa��o do setor privado, dos Estados. Investimento que vai ajudar a sair da crise", afirmou Alckmin na sa�da do evento, realizado no Pal�cio do Planalto.
Dentro do entorno do governador, acredita-se que, dessa forma, elimina-se a chances do "ocaso" ocorrido com A�cio em 2014. Na avalia��o de alguns tucanos, o mineiro perdeu a disputa apertada para a presidente Dilma n�o em raz�o do n�mero de votos recebidos pela petista na Regi�o Nordeste, mas pelo descuido com a "pr�pria casa", Minas Gerais.
No Estado, segundo maior col�gio eleitoral do Pa�s, A�cio Neves perdeu para Dilma por 47,6% a 52,4%. A diferen�a entre ambos foi de 550 mil votos. Esse n�mero, entretanto, n�o seria suficiente para o tucano ter invertido o resultado uma vez que Dilma foi reeleita com uma diferen�a de apenas 3,4 milh�es de votos.
Paralelo �s movimenta��es, Alckmin tamb�m deve ver ampliada o n�mero de aliados dentro da Executiva Nacional do PSDB que ser� eleita no pr�ximo m�s de julho. O atual secret�rio de Log�stica e Transporte estadual e presidente do partido no Estado, Duarte Nogueira, deve ocupar uma vice-presid�ncia. Al�m dele, o deputado Silvio Torres foi indicado para ocupar a secretaria-geral, segundo posto na hierarquia do partido.