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Estado de Minas

Camargo Corr�a doou R$ 3 milh�es ao Instituto Lula


postado em 10/06/2015 09:37 / atualizado em 10/06/2015 10:02

S�o Paulo - A construtora Camargo Corr�a pagou R$ 3 milh�es para o Instituto Lula e R$ 1,5 milh�o para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, empresa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, entre 2011 e 2013. � a primeira vez que os neg�cios do petista aparecem nas investiga��es da Opera��o Lava Jato, que apura um esquema de cartel e corrup��o na Petrobras com preju�zo de R$ 6 bilh�es j� reconhecidos pela estatal.

O registro sobre o elo da empreiteira - uma das l�deres do cartel acusado de corrup��o pela Lava Jato - com Lula consta do laudo 1047/2015, da Pol�cia Federal, anexado ontem aos autos da investiga��o. O laudo tem 66 p�ginas e � subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto.

A per�cia foi realizada na contabilidade da Camargo Corr�a de 2008 a 2013, per�odo em que a empreiteira recebeu R$ 2 bilh�es da Petrobras. O documento mostra que a construtora repassou R$ 183 milh�es em "doa��es de cunho pol�tico" - destinadas a candidaturas e partidos da situa��o e da oposi��o.

O Instituto Lula, criado pelo ex-presidente ap�s deixar o Planalto, em 2011, recebeu tr�s pagamentos de R$ 1 milh�o cada. Dois s�o registrados como "Doa��es e Contribui��es": um em 2 de dezembro de 2011 e outro de 11 de dezembro de 2013. O que chamou a aten��o dos investigadores foi o lan�amento de 2 de julho de 2012, sob a rubrica "B�nus Eleitoral".

No caso dos pagamentos ao LILS, cujo endere�o declarado � a pr�pria resid�ncia de Lula, em S�o Bernardo do Campo, a empreiteira registrou o deposito em conta corrente de R$ 337,5 mil, em 26 setembro de 2011, R$ 815 mil, em 17 de dezembro de 2012, e R$ 375,4 mil, em 26 de julho de 2013. Esses valores, que somam R$ 1,5 milh�o, s�o tratados pela empreiteira como servi�os de "consultoria".

Dois executivos da Camargo, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, confessaram nos processos da Lava Jato, em acordo de dela��o premiada, que foram feitas doa��es eleitorais ao PT, ap�s pedido do ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto - preso desde abril, em Curitiba. Eles n�o citaram Lula.

O nome do ex-presidente chegou a ser mencionado pelo doleiro Alberto Youssef - pe�a central da Lava Jato - ao afirmar em dela��o � Procuradoria, em 4 de outubro de 2014, que "tinham conhecimento" do esquema de corrup��o na estatal "o Pal�cio do Planalto" e "a presid�ncia da Petrobras".

Lula n�o � alvo de investiga��o da Lava Jato.

Recentemente, o ex-presidente atacou o que chamou de "insinua��es" envolvendo seu nome na opera��o. "Eu n�o ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinua��es. 'L� na Lava Jato v�o citar o nome do Lula'. 'Querem que empres�rios citem meu nome'. 'O objetivo � pegar o Lula'", desabafou, no ato de 1.º de Maio, em S�o Paulo.

O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corr�a foram doados legalmente, sem qualquer rela��o com a Petrobras ou elei��es.

Dirceu

No mesmo documento da PF, constam os pagamentos da Camargo Corr�a para a JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro Jos� Dirceu. Ele � investigado por suposto uso das consultorias para empresas do cartel como forma de ocultar propina para o PT.

O laudo aponta que foram lan�ados como pagamentos para a JD, entre 2010 e 2011, R$ 900 mil, em dez dep�sitos banc�rios.


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