Sugiro a Okamotto perguntar porque iFHC recebeu mais de empreiteira, diz petista

Salvador, 11 - O secret�rio nacional de comunica��o do PT, Jos� Am�rico, disse nesta quinta-feira, 11, n�o ver com preocupa��o a convoca��o do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para depor na CPI da Petrobras na C�mara. "Minha sugest�o para ele � que pergunte para o pessoal do PSDB por que o Instituto Fernando Henrique recebeu tr�s vezes mais da empresa (Camargo Corr�a) do que o Instituto Lula. O Paulo Okamotto tem todas as condi��es de mostrar que os institutos ligados a ex-presidentes recebem contribui��es, o do FHC recebeu e o do Lula recebeu tamb�m", disse Am�rico ao chegar ao 5� Congresso do PT, na capital baiana.

Am�rico tamb�m respondeu sobre a presen�a da presidente Dilma Rousseff, em um momento em que as cr�ticas do partido crescem � condu��o da pol�tica econ�mica e �s medidas de ajuste promovidas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "O partido n�o faz nenhuma cr�tica antag�nica � pol�tica econ�mica dela (Dilma). Ela n�o vai passar por nenhum constrangimento, a presidente Dilma � nossa presidente. Existe uma identidade muito grande do PT com ela, de todas as correntes", disse. "� uma nuance aqui, uma coloca��o, uma diverg�ncia ali. N�o vejo nenhum problema, a presidente conhece o PT, sabe", minimizou.

Jos� Am�rico foi o principal articulador de uma carta divulgada por sua corrente, Novo Rumo, em parceria com outra corrente, tamb�m minorit�ria, a EPS. O objetivo do documento foi marcar uma posi��o de independ�ncia mais clara do PT em rela��o ao governo, com resgate de bandeiras esquerdistas e ligadas aos trabalhadores, como a jornada de 40 horas semanais, o fim do fator previdenci�rio e a tributa��o de grandes fortunas. A ideia � cobrar posi��es do governo Dilma em uma sinaliza��o � base eleitoral do partido em S�o Paulo, onde a popularidade do partido est� em baixa.

"O �ndice de popularidade o retrato de um momento. O (segundo) governo de Dilma est� s� come�ando, n�o tem nem um ano. O governo Lula tamb�m come�ou por baixo, ent�o n�o vejo por que isso se perpetue. O governo est� colocando o plano de concess�es na rua, o que � muito importante. Os pr�ximos meses s�o fundamentais, o governo tem tudo para recuperar sua popularidade."