Bras�lia, 11 - Em meio � press�o do PT para que seja escalado um ministro para assumir a Secretaria de Rela��es Institucionais (SRI), o presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer, ironizou a ideia nesta quinta-feira, 11, sob a alega��o de que "� preciso acabar com essa hist�ria de que cada um � governo por conta pr�pria". Temer negou desconforto, afirmou que n�o v� "raz�o sequer" para essa discuss�o, disse que est� exercitando a articula��o pol�tica com "muita tranquilidade" e ressaltou que a principal preocupa��o da equipe da presidente Dilma Rousseff deve ser "agir em benef�cio do governo e unitariamente".
Na manh� desta quinta-feira, 11, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, reiterou a posi��o do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, de que � importante ter um ministro � frente da SRI "para fazer a opera��o do dia a dia".
"Nem discuto este assunto pelo seguinte: eu n�o assumi o minist�rio. Voc�s sabem. A presidente transferiu as compet�ncias das Rela��es Institucionais para a Vice-Presid�ncia. Com que objetivo? Que eu fizesse a articula��o pol�tica tanto junto ao Congresso Nacional quanto no plano federativo, nos Estados com governadores, e nos munic�pios. Estou exercitando essa tarefa com muita tranquilidade. E a estrutura das Rela��es Institucionais est� sendo utilizada exatamente para atender �s demandas junto ao Congresso Nacional", disse Temer.
"Precisa acabar com esta hist�ria de que cada um � governo por conta pr�pria. O governo � uma unidade. Enquanto n�s n�o entendermos isso, n�s teremos dificuldade no governo. Ent�o, temos unidade no governo, temos tranquilidade na nossa a��o, gra�as a Deus - at� agora vitoriosa em todos os momentos - de modo que n�o vejo raz�o sequer para esta discuss�o", afirmou.
Esvaziar
Questionado se a movimenta��o do PT n�o seria uma forma de esvaziar seu poder, Temer ironizou: "N���o. Eu tenho um poder modesto, n�o h� o que esvaziar."
Apesar da ironia, Temer destacou que tem atuado na articula��o pol�tica ao lado de Mercadante e dos ministros do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e das Comunica��es, Ricardo Berzoini.
"Conversamos muito. Ele (Mercadante) toca no assunto comigo toda vez que sai uma not�cia. Eu digo: 'olha, deixa pra l� que isso n�o deve nos incomodar'. O que n�s devemos fazer � agir em benef�cio do governo e unitariamente", declarou Temer.
Temer descartou que a discuss�o, que provocou mal-estar dentro do PMDB, tenha lhe causado inc�modos. "Nem minimamente. As minhas preocupa��es s�o outras", afirmou, ao deixar o gabinete da Vice-Presid�ncia.