O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, defendeu maior participa��o da milit�ncia contra os que, segundo ele, querem destruir o partido. De acordo com Falc�o, o partido est� sendo criminalizado por erros cometidos por seus filiados, mas tamb�m deve, “com humildade, assumir responsabilidades e corrigir rumos”. Ele prop�s que o PT deve retomar as suas origens, abandonando a “teia burocr�tica” que imobiliza o partido. “Devemos desencadear uma rea��o vigorosa em todo o territ�rio nacional, mobilizando a milit�ncia contra os que tentam nos destruir”.
O presidente do PT disse ainda que existe uma ofensiva contra o partido, com o objetivo de tir�-lo do cen�rio pol�tico do pa�s. “Para isso, vale tudo. Inclusive, criminalizar o PT - quem sabe at� toda a esquerda e os movimentos sociais – para, ao final, cassar o registro do nosso partido”.
No discurso, para os cerca de 800 delegados presentes na abertura do evento que tamb�m comemora 35 anos da cria��o do PT, Falc�o criticou a tese do terceiro turno e classificou como “maus perdedores” o que chamou de segmentos de direita e extrema direita que “n�o toleram que, pela quarta vez consecutiva”, o partido tenha sa�do vitorioso das elei��es presidenciais. “Maus perdedores no jogo democr�tico, querem fazer do PT bode expiat�rio da corrup��o nacional e de dificuldades passageiras da economia, em um contexto adverso de crise mundial prolongada”, ressaltou.
O presidente do PT tamb�m falou sobre o ajuste fiscal proposto pelo governo. Segundo ele, o partido apoia o empenho da presidente Dilma para enfrentar os desafios da conjuntura, por�m defendeu que o ajuste das contas p�blicas recaia sobre quem tem “mais tem condi��es de arcar com o custo do ajuste”. “� inconceb�vel, para n�s, uma pol�tica econ�mica que seja firme com os fracos e frouxa com os fortes.”
O petista criticou ainda a aprova��o do que qualificou de “contrarreforma pol�tica no Congresso Nacional” e defendeu a convoca��o de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para mudar o atual sistema pol�tico-eleitoral e defendeu o financiamento p�blico exclusivo. “De imediato, � preciso barrar a constitucionaliza��o do financiamento empresarial, aprovado em primeira vota��o na C�mara dos Deputados, ap�s um vergonhoso golpe regimental e uma viola��o da Constitui��o”, disse Falc�o que reafirmou ainda a decis�o do partido de recusar as doa��es de empresas para a sustenta��o dos diret�rios.
Sobre as den�ncias que envolvem o PT, Falc�o defendeu que sejam investigadas, mas tamb�m cobrou a apura��o de den�ncias envolvendo outras siglas. “O PT � favor�vel a investigar todos os il�citos e desvios em governos e empresas: da Petrobras ao mensal�o tucano de Minas Gerais; do cartel do Metr� de S�o Paulo � sonega��o de impostos da Opera��o Zelotes. Mas que se fa�a com o maior rigor, sem seletividade, para punir corruptos e corruptores, nos marcos do Estado Democr�tico de Direito”.