Salvador, 13/06/2015, 13 - O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, criticou a retirada da proposta da volta da CPMF do texto final da resolu��o do 5� Congresso do PT e disse que a decis�o foi tomada por medo. "As pessoas t�m medo de falar de imposto, por isso tiraram do texto. Eu prefiro fazer o debate, enfrentar, explicar, mas � uma decis�o que eu respeito, a decis�o da maioria", afirmou.
Ao longo do encontro, o dirigente disse diversas vezes a jornalistas ser favor�vel ao chamado imposto do cheque e afirmou que ele poderia voltar de forma a tributar apenas as camadas mais ricas da popula��o. Falc�o repetiu que � um tributo limpo e transparente para financiar a sa�de. "Toda vez que algu�m fala de imposto, todos ficam com p� atr�s", lamentou ao defender novamente que o Pa�s tem uma pol�tica tribut�ria injusta que penaliza os trabalhadores e a classe m�dia.
Falc�o disse, contudo, que apesar de n�o ter entrado claramente na resolu��o, a discuss�o da volta da CPMF continuar� no partido. "� preciso inverter essa quest�o tribut�ria. A CPMF � um imposto que voc� pode concentrar no topo, pegar 5 ou 6 milh�es de pessoas pagando, o que propiciaria grandes recursos para financiar a sa�de. Esse debate vai prosseguir independentemente de estar na resolu��o."
Nesta sexta-feira (12), o ministro da Sa�de, Arthur Chioro, revelou a jornalistas que acompanhavam o congresso da legenda que negociava com governadores e prefeitos a volta da contribui��o em um novo modelo para financiar o setor. Chioro, no entanto, foi logo desautorizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o PT suprimiu a refer�ncia � CPMF da Carta de Salvador - pr�via da resolu��o do congresso partid�rio.
Falc�o negou que falte coragem ao PT para pautar mudan�as na economia e lembrou que ficaram na resolu��o as sugest�es para cria��o de impostos sobre grandes fortunas e heran�as. "Coragem pra n�s n�o falta", afirmou.