Nunca pertenci a esse mundo da pol�tica, diz Joaquim Barbosa

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa voltou a recha�ar nesta ter�a-feira, em S�o Paulo, a possibilidade de se candidatar � Presid�ncia da Rep�blica. Alegando "n�o pertencer ao mundo da pol�tica" e n�o saber "nem por onde come�ar", o ex-ministro, que ganhou popularidade durante o julgamento do mensal�o, disse que seria "trucidado" por seus advers�rios em uma eventual disputa.

"Acho que eu seria trucidado pelos eventuais concorrentes porque uma pessoa como eu, que fala o que pensa, que � livre por natureza, n�o se adapta a esse mundo. Eles se uniriam todos para me tirar do jogo, eu sou muito realista. Eu nem cogito", disse Barbosa.

Reforma Pol�tica

O ministro disse acreditar que a reforma pol�tica que est� sendo discutida pela C�mara � preliminar e ainda pode sofrer "uma boa limpeza" no Senado. "Provavelmente o Senado vai fazer uma boa limpeza. O Senado � composto de pessoas mais experientes, � um n�mero menor (de membros), s�o ex-governadores, pessoas de larga experi�ncia", disse Barbosa.

Segundo Barbosa, "a C�mara est� em ebuli��o, votando aos trope�os". "Alguma coisa pode ser corrigida ainda na C�mara, mas o Senado poder� corrigir ainda muita coisa. O Senado foi feito para isso", argumentou.

STF

Ao deixar o sal�o onde proferiu palestra sobre combate � corrup��o na zona sul de S�o Paulo, Joaquim Barbosa se recusou a responder sobre o processo de escolha de seu sucessor, Luiz Edson Fachin - que toma posse nesta ter�a, 16, mais de dez meses depois da aposentadoria de Barbosa. "Sobre o Supremo eu n�o tenho nada a dizer. Eu estou fora, meu amigo", disse ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado.

Questionado se este era o motivo do seu n�o comparecimento � cerim�nia de posse de Fachin, Barbosa recha�ou. "N�o. Eu n�o vou porque tenho um compromisso aqui."

Ap�s a aposentadoria de Barbosa, a presidente Dilma Rousseff demorou oito meses para fazer a indica��o do novo ministro. Houve pol�mica em torno do nome do professor por ele ter assinado, em 2010, um manifesto pedindo votos para a ent�o candidata do PT.