Bras�lia, 19 - Os senadores que foram � Venezuela e n�o conseguiram sequer deixar a regi�o do aeroporto para visitar presos pol�ticos no pa�s v�o exigir uma resposta dura do governo brasileiro, disse o senador A�cio Neves (PSDB-MG), ao desembarcar, na madrugada desta sexta-feira, 19, na Base A�rea de Bras�lia. "O que ocorreu � inadmiss�vel, e o que vamos exigir � uma posi��o dura do governo brasileiro", enfatizou. "Sen�o, vamos, do ponto de vista pol�tico, e tamb�m congressualmente, fazer as retalia��es necess�rias em defesa da democracia."
Questionado sobre se os parlamentares pressionariam o governo a chamar de volta o embaixador do Brasil em Caracas, Rui Pereira, o tucano respondeu que isso seria o "m�nimo, para saber o que houve, quem orquestrou isso, quais foram os objetivos do impedimento ao nosso tr�nsito livre na Venezuela."
A�cio relatou que, ao chegar a Caracas, os parlamentares foram recebidos pelo embaixador, encontraram-se com as esposas dos presos pol�ticos e sa�ram de autom�vel do aeroporto em dire��o ao centro da capital. Mas quando n�o tinham percorrido nem dois quil�metros o carro foi cercado por "manifestantes claramente orquestrados."
O senador acrescentou que os agressores bateram nos vidros, "colocando em risco, em determinado momento, a vida daqueles que estavam ali." Para A�cio, o epis�dio dissipou qualquer d�vida que poderia haver quanto � escalada do autoritarismo no pa�s vizinho. "No momento em que n�o aceita uma presen�a amistosa e pac�fica de senadores brasileiros, � um sinal de muita gravidade", comentou. "E, mais do que isso, o governo brasileiro tem de demonstrar de que lado est�: da democracia e seus representantes ou do autoritarismo naquele pa�s."
Al�m de A�cio, a comitiva de senadores barrada em Caracas contava ainda com Aloizio Nunes (PSDB), C�ssio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e S�rgio Petec�o (PSD).