S�o Paulo, 19 - A advogada do grupo Odebrecht e da Construtora Norberto Odebrecht (CNO), Dora Cavalcanti, afirmou que vai entrar com pedido de habeas corpus para os executivos Marcelo Odebrecht, M�rcio Faria, Alexandrino Alencar e Rog�rio Ara�jo, que foram presos pela Pol�cia Federal nesta sexta-feira, 19, em nova fase da Opera��o Lava Jato. Dora classificou as pris�es como "absolutamente desnecess�rias e ilegais" e afirmou que a Odebrecht atendeu todas as intima��es do juiz S�rgio Moro.
"As medidas de busca e apreens�o e, sobretudo, as medidas de pris�o cumpridas na data de hoje s�o absolutamente desnecess�rias e, exatamente por isso, ilegais. O Supremo Tribunal Federal j� teve a oportunidade de reiterar, no �mbito da Opera��o Lava Jato, tratando dos mesmos pressupostos, que a pris�o preventiva � uma medida de exce��o e n�o deve ser convertida em uma antecipa��o de pena", afirmou a advogada.
Dora disse ainda que os executivos sempre colaboraram com as investiga��es e que n�o h� nada que sugira a necessidade "de uma medida de for�a como a que foi duramente imposta hoje". "Havia alguma not�cia de que algu�m procurava fugir, de que algu�m destruiu prova?", questionou. "A situa��o aqui � o oposto disso. Todos os executivos que hoje se encontram presos j� prestaram depoimento", acrescentou em pronunciamento h� pouco no qual a imprensa n�o p�de fazer perguntas.
Segundo a advogada, a Odebrecht possui um dos "mais rigorosos c�digos de conduta" do Pa�s e j� havia uma investiga��o interna em curso "h� v�rios meses". "N�o h� fato novo e isso � fundamental. A decis�o congrega uma s�rie de elementos de diversos inqu�ritos em curso", disse, destacando que muitos j� foram esclarecidos em depoimentos.
"Aqui fica o registro de que a empresa e seus executivos t�m orgulho de sua trajet�ria e que � fundamental que n�o tenham que confessar aquilo que n�o devem para que possam resgatar sua liberdade. Que eles possam sim ser investigados, que eles possam sim mostrar sua inoc�ncia, dar sua vers�o, sob a prote��o das garantias constitucionais", disse a advogada, ressaltando que as medidas judiciais cab�veis ser�o tomadas.