Bras�lia, 20 - O presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), rebateu neste s�bado, 20, o assessor especial da Presid�ncia para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, e disse que a comiss�o de representantes do Senado brasileiro que foi � Venezuela na �ltima quinta-feira, 18, tinha sim um encontro agendado com o governador Henrique Capriles.
"O encontro com Capriles estava, sim, agendado para as 18 horas. E s� n�o se deu em raz�o da agress�o teleguiada pelo governo de Maduro que mereceu, ali�s, viva reprova��o do governador Capriles", diz a nota assinada por Aloysio Nunes, destacando que o l�der da oposi��o venezuelana se manifestou pela sua conta no Twitter. "Que verg�enza mandar trancar la v�a @NicolasMaduro de paso de delegac�on Senadores Brasil!Venezuela te qued� demasiado grande!", teria dito Capriles em sua conta no Twitter.
Em entrevista ao jornal
O Estado de S. Paulo
, o assessor especial da Presid�ncia repudiou a tentativa dos senadores da oposi��o de transformar a frustrada visita a l�deres pol�ticos presos na Venezuela no que chamou de "embate pol�tico-ideol�gico". Garcia tamb�m afirmou que a agenda dos senadores era parcial, pois n�o estaria programado nenhum contato com Capriles.
"A mentira no debate pol�tico � recurso habitual dos l�deres do Foro de S�o Paulo, clube bolivariano do qual o senhor Garcia � s�cio-fundador. Ele tem o t�tulo de Assessor Internacional da Presid�ncia. De fato, � ele, e n�o a Presidente, quem conduz a diplomacia brasileira: da� a relev�ncia do embuste", diz a nota do senador tucano.
"Garcia quer agora apresentar a oposi��o brasileira, e tamb�m setores da situa��o hostis ao bolivarianismo na vers�o venezuelana, como fomentadores dessa divis�o por privilegiarem o di�logo com uma ala, a dos pol�ticos encarcerados, em detrimento de outra, a do governador Capriles ainda em liberdade", completa.
O senador afirma ainda que a oposi��o venezuelana � composta de v�rias correntes com sensibilidades pol�ticas diversas, o que seria natural em movimentos contr�rios a regimes autorit�rios. Ao final, Ferreira defende que a sa�da pac�fica para a Venezuela seria a realiza��o de elei��es livres, acompanhadas por observadores isentos, a liberta��o dos presos pol�ticos e o fim da repress�o aos opositores e garantia de liberdade de express�o. "O governo brasileiro pode e deve exercer a lideran�a a que aspira se abandonar a atitude de cumplicidade covarde com que vem se conduzindo at� agora na rela��o com o regime Maduro", conclui.