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Estado de Minas

Operador do PMDB pediu doa��o, segundo presidente da Andrade Gutierrez


postado em 22/06/2015 15:13

S�o Paulo, 22 - O presidente da Andrade Gutierrez, Ot�vio Marques de Azevedo - preso na 14� etapa da Lava Jato na �ltima sexta-feira, 18 -, admitiu � for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato ter sido procurado por Fernando Ant�nio Falc�o Soares, conhecido como Fernando Baiano, para que a empreiteira fizesse doa��es de campanha ao PMDB.

Esse depoimento do empreiteiro foi dado � Pol�cia Federal no dia 19 de maio. Fernando Baiano tamb�m est� preso e j� � r�u em a��o penal por corrup��o e lavagem de dinheiro. Ele � apontado como operador do PMDB na Petrobras.

Depoimento

"Que Fernando Baiano, em uma oportunidade, abordou o declarante, solicitando doa��o oficial de campanha, possivelmente para o PMDB, o que foi prontamente recha�ado, haja vista que j� existia um crit�rio pr� estabelecido de doa��o para o diret�rio nacional sem a exist�ncia de intermedi�rios", afirmou o executivo.

Ao ser questionado pela for�a-tarefa da Lava Jato, Ot�vio Marques de Azevedo declarou que manteve "rela��o institucional" com pelo menos seis pol�ticos do PMDB, incluindo o vice-presidente da Rep�blica Michel Temer e o presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ). "Que conheceu e teve rela��o institucional com os seguintes pol�ticos do PMDB: Michel Temer, Eliseu Padilha (ministro da Avia��o Civil), Eduardo Cunha, Eduardo Paes (prefeito do Rio), Sergio Cabral (ex-governador do Rio e alvo de inqu�rito na Lava Jato), Aloisio Vasconcelos, dentre outros".

O executivo, contudo, n�o deu mais detalhes sobre o relacionamento institucional que manteve com estes pol�ticos, e negou que a Andrade Gutierrez tenha participado do esquema de cartel em obras da Petrobras. "Que prova de n�o ser beneficiado pelo alegado cartel � o fato de, apesar de ser a segunda maior empreiteira do Pa�s, a Andrade Gutierrez ficou na 12� posi��o na participa��o de contratos com a estatal", afirmou o executivo.

Mesmo negando envolvimento com as irregularidades apontadas nas investiga��es, Azevedo explicou que foi apresentado a Fernando Baiano por volta de 2009 ou 2010 pela equipe da �rea industrial da Andrade Gutierrez (que posteriormente passou a ser chamada �rea de �leo e G�s). Segundo Azevedo, Baiano esteve cinco vezes em seu escrit�rio, sendo quatro vezes para tratar de propostas de "parcerias para obras de infraestrutura", incluindo estudos para o t�nel Santos-Guaruj�, projeto do governo do Estado de S�o Paulo, h� 20 anos sob comando do PSDB, e at� obras em outros pa�ses como a amplia��o do canal do Panam�. Na ocasi�o, segundo Azevedo, Baiano representava a empresa Acciona, que atua em projetos de �gua, Energia e infraestrutura.

Nenhuma das propostas discutidas entre Baiano e Azevedo foi adiante.

Al�m disso, explicou o empres�rio, Baiano tamb�m foi ao seu escrit�rio em uma ocasi�o para negociar a compra de uma lancha que Azevedo colocou para vender em 2012 e que foi adquirida por Baiano por R$ 1,5 milh�o. O executivo, contudo, negou que tinha uma rela��o de proximidade com o operador de propinas.

Azevedo tamb�m relatou aos investigadores ter se encontrado com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa por volta de 2009 ou 2010 na sede da Petrobras para "retomar a participa��o da Andrade Gutierrez no rol de contratos que a Petrobras celebrava com as grandes construtoras nacionais".

Ele alegou ter tomado a iniciativa ap�s constatar que a empreiteira representava apenas 2,4% dos contratos da Petrobras e afirmou que manteve outros encontros com o ex-diretor, preso na Lava Jato e que revelou o que sabe sobre o esquema de propinas na estatal para abastecer partidos pol�ticos em troca de benef�cios como redu��o de sua pena.


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