Bras�lia, 25 - O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou na manh� desta quinta-feira, 25, que a decis�o de ontem � noite da C�mara dos Deputados de vincular todos os benef�cios da Previd�ncia Social � pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo � "perigosa e irrespons�vel".
"O mais grave de tudo isso � o fato de que estamos no Brasil procurando produzir o equil�brio das contas do governo e o Congresso Nacional, particularmente a C�mara, conspira o tempo inteiro para que esse desequil�brio se aprofunde", criticou.
A indexa��o das aposentadorias � considerada desastrosa pelo Pal�cio do Planalto, que n�o conseguiu barrar a aprova��o da emenda. Ao final, ela acabou aprovada, com apoio de deputados da base, por 206 votos a favor, 179 contra e quatro absten��es. O custo extra da iniciativa � estimada em R$ 9,2 bilh�es por ano.
A emenda foi inclu�da na Medida Provis�ria 672, enviada pelo Executivo para prorrogar as regras de reajuste do m�nimo at� 2019. Pela MP, cujo texto-base tamb�m passou na noite de ontem na C�mara, a corre��o deve levar em conta a varia��o da infla��o dos �ltimos 12 meses e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
O l�der petista disse que n�o h� condi��es de o governo conceder tal reajuste a aposentados e pensionistas neste momento em que faz um ajuste fiscal. Segundo Costa, o Executivo vai ficar "entre a cruz e a espada". Isso porque, se a MP perder a validade - ela caduca no dia 7 de agosto - a pol�tica de sal�rio m�nimo ter� de ser rediscutida.
Por outro lado, observou ele, da forma como a emenda foi escrita, Dilma n�o pode sequer vet�-la sem derrubar tamb�m a concess�o de reajustes do sal�rio m�nimo.
Embora reconhe�a a "grande dificuldade" para reverter a decis�o da C�mara, Humberto Costa acredita que a base aliada no Senado pode ter uma "converg�ncia" contra a iniciativa. "N�s aqui tivemos algumas dissens�es, mas em outros temas, no fator previdenci�rio, por exemplo. Mas nesse tema acho que h� uma consci�ncia de todos de que isso � uma atitude irrespons�vel", considerou.