S�o Paulo, 25 - O Instituto de Defesa do Direito de Defesa - IDDD, o Instituto Brasileiro de Ci�ncias Criminais - IBCCRIM e o Movimento de Defesa da Advocacia - MDA divulgaram comunicado nesta quinta-feira, 25, repudiando a decis�o do juiz S�rgio Moro em decretar, na quarta-feira, dia 24, a pris�o preventiva do executivo Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht.
Ele foi preso em regime tempor�rio, por cinco dias, na sexta-feira, 19, na 14� fase da Opera��o Lava Jato, sob suspeita de integrar cartel de empreiteiras na Petrobras. Moro converteu a pris�o do executivo de tempor�ria em preventiva, sob alega��o de risco de que Alexandrino se junte ao outro subordinado da Odebrecht, Bernardo Schiller Freiburghaus, para destruir provas e refugiar-se, no exterior, da Justi�a brasileira.
Na nota conjunta, as entidades destacam trecho do despacho de Moro para justificar a decreta��o da pris�o preventiva do executivo Alexandrino Alencar, em que o juiz destaca que a Odebrecht, "com todos os seus amplos e bilion�rios recursos e com equivalente responsabilidade pol�tica e social, n�o tem qualquer inten��o de reconhecer a sua responsabilidade pelos fatos".
E alegam que "causa perplexidade que, em pleno caminhar das investiga��es, o juiz que ainda dever� sentenciar os investigados j� se mostre convencido de uma vers�o, e, pior, tome como afrontosa qualquer manifesta��o cujo conte�do contrarie sua convic��o".
Ainda nas cr�ticas, o IDDD, o IBCCRIM e o MDA diz que "o juiz usa m�todos coercitivos, como a pris�o, para penalizar a livre manifesta��o de pensamento divergente do seu". E invocando o ministro do STF Celso de Mello, afirmam que "o juiz h� de ser um estranho ao conflito", principalmente quando a causa ainda se encontra em plena fase investigat�ria. E encerram o comunicado, destacando: "Triste do pa�s que precisa lan�ar m�o de ataques t�o violentos ao Estado de Direito para combater males que historicamente nos assolam, como a corrup��o."