Um dia depois de o seu antigo escrit�rio de campanha ser alvo de investiga��es da Pol�cia Federal, o governador Fernando Pimentel (PT) aproveitou nesta sexta-feira uma solenidade na Defensoria P�blica, em Belo Horizonte, para criticar a Opera��o Acr�nimo, que apura desvios de recursos para campanhas eleitorais. Segundo o petista, a Justi�a perde muito quando os inqu�ritos se transformam em “espet�culos midi�ticos, pirot�cnicos, jogando no lixo as regras judiciais”. Pimentel foi alvo de um dos 19 mandados de busca para apreens�o de documentos ontem em Minas Gerais, Rio de Janeiro, S�o Paulo e Distrito Federal.
“Perde muito a Justi�a com o uso abusivo de medidas policiais antecipat�rias, como s�o os mandados de busca e as pris�es provis�rias, quando elas s�o utilizadas contra cidad�os que n�o tem antecedentes criminais, que t�m patrim�nio e domic�lio fixo reconhecidos”, afirmou. Pimentel reclamou ainda do fato de a PF ter pedido autoriza��o para buscas no Pal�cio Tiradentes e em sua resid�ncia oficial. O Superior Tribunal de Justi�a n�o permitiu. “Felizmente existe Justi�a neste pa�s. O judici�rio impediu essa arbitrariedade, mas � um alerta. Fiquemos alertas, n�o vamos permitir que se crie um regime de exce��o dentro do estado de direito. A presun��o da inoc�ncia est� na Constitui��o e as garantias individuais tamb�m”, disse, acrescentando que fazia um desabafo.
A investiga��o da PF foi iniciada depois que agentes flagraram, em outubro do ano passado, um avi�o no aeroporto de Bras�lia com R$ 113 mil. Os recursos eram transportados por Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Ben�, dono de uma gr�fica que prestou servi�os para a campanha de Pimentel.