
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que a contribui��o de R$ 7,5 milh�es da empreiteira UTC para sua campanha foi registrada e realizada de maneira legal. "Eu n�o respeito delator. At� porque eu estive presa na ditadura e sei o que � que �. Tentaram me transformar em uma delatora", afirmou a presidente em Nova York, em suas primeiras declara��es p�blicas desde a divulga��o da dela��o premiada do dono da empresa, Ricardo Pessoa.
Dilma ressaltou que a empresa tamb�m fez doa��es a seu advers�rio no segundo turno da elei��o presidencial, A�cio Neves, em valores semelhantes aos recebidos por sua campanha. "Eu n�o aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque n�o houve. Segundo, se insinuam, alguns t�m interesses pol�ticos."
O terceiro motivo apresentado pela presidente para refutar as acusa��es foi o fato de ser mineira e ter crescido com li��es sobre a Inconfid�ncia Mineira. "E h� um personagem que a gente n�o gosta, porque as professoras nos ensinam a n�o gostar dele. E ele se chama Joaquim Silv�rio dos Reis, o delator. Eu n�o respeito delator", observou, mencionando o homem que traiu os inconfidentes.
Apesar de criticar delatores, a presidente afirmou que a Justi�a, o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal devem investigar as acusa��es. "Tudo, sem exce��o", ressaltou.
A presidente disse que tomar� medidas contra Pessoa caso ele fa�a acusa��es contra ela. Quanto aos ministros mencionados na dela��o, Dilma afirmou que cabe a eles decidir o que fazer. Pessoa fez refer�ncia ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao secret�rio de Comunica��o Social, Edinho Silva, que foi Tesoureiro da campanha de Dilma � reelei��o.
Em dela��o, Ricardo Pessoa disse que doou R$ 7,5 milh�es � campanha da presidente de forma legal. No entanto, ressaltou que a doa��o foi motivada por medo de preju�zos. Pessoa ainda disse que tesoureiros do PT, que fizeram a campanha de Dilma, teriam recebido doa��es ilegais no total de R$ 15,7 milh�es.
Petrobras
A Petrobras n�o tem uma participa��o muito grande no pr�-sal, afirmou a presidente Dilma Rousseff em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira ap�s encerrar um semin�rio em Nova York onde apresentou projetos de infraestrutura no Brasil.
A presidente Dilma afirmou que a Petrobras � uma boa parceira, porque quando os pre�os do petr�leo est�o mais baixos, os investidores e as empresas procuram diminuir o risco. "Elas reduzem o risco selecionando os melhores projetos e selecionando parceiros que t�m conhecimento do que fazem", disse a presidente, citando que a empresa brasileira ganhou o "Oscar do petr�leo" na feira OTC, em Huston, este ano, principal encontro do setor de energia do mundo.
"Acredito que a Petrobras em explora��o em l�minas d'�gua de sete mil metros � uma empresa bastante atraente como parceira", ressaltou Dilma. "A companhia conhece a bacia sedimentar brasileira e conhece o pr�-sal porque descobriu o pr�-sal."
Dilma ressaltou que em um momento de baixo pre�o do petr�leo � importante investir onde se sabe que tem a commodity, onde h� um produto de qualidade, o que diminui o risco. "Tamb�m � importante investir onde h� regras claras, onde se respeita contratos, que n�o tem risco geopol�tico".