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Estado de Minas

Lobista que pagou R$ 400 mil de empresa de Dirceu faz dela��o premiada


postado em 29/06/2015 22:19

Curitiba e Bras�lia, 29 - O lobista Milton Pascowitch, que atuava como operador de propinas da construtora Engevix Engenharia, fechou acordo de dela��o premiada com a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato. Ele se disp�s a confessar corrup��o e lavagem de dinheiro e a contar o que sabe sobre o esquema de desvios na Petrobras, em troca de uma poss�vel redu��o de pena. Acusado de operar pagamentos de propina para a empreiteira Engevix, Pascowitch � dono da Jamp Engenheirose pagou R$ 400 mil do im�vel comprado por Jos� Dirceu, onde funcionava a sede da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil (governo Lula), em S�o Paulo, a JD Assessoria e Consultoria Ltda.

A compra do im�vel da JD Assessoria � alvo central de inqu�rito da Pol�cia Federal que apura corrup��o e lavagem de dinheiro envolvendo Dirceu, a JD e seu irm�o e s�cio Luiz Eduardo Oliveira e Silva. Comprado por R$ 1,6 milh�o, no ano em que ele come�ava a ser julgado no processo do mensal�o pelo Supremo Tribunal Federal, Dirceu registrou em cart�rio ter dado R$ 400 mil de recursos pr�prios no neg�cio.

Em relat�rio de janeiro, a Receita Federal suspeitou da movimenta��o financeira porque o dinheiro n�o passou pela conta corrente de Dirceu naquele ano. O documento resultou em inqu�rito aberto em 30 de janeiro, para apurar corrup��o e lavagem de dinheiro na aquisi��o desse im�veis e de outro, em nome do irm�o.

A Jamp assinou contrato com a JD em 2011, para pagamento de servi�os que Dirceu teria prestado de consultoria internacional para a empreiteira Engevix. Foram pagos R$ 2,6 milh�es entre 2008 e 2012 para a JD, de Jos� Dirceu. Desses, R$ 1,4 milh�o foram pela Jamp.

Preso desde abril na sede de Pol�cia Federal, em Curitiba (PR), base da Lava Jato, Pascowitch tem v�nculos apontados nos autos da Lava Jato com o PT e o esquema de propinas na Petrobr�s por interm�dio do ex-diretor de Servi�os Renato Duque e o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco.

A Lava Jato tinha recolhido at� aqui provas do envolvimento de Pascowitch, por meio de contratos, empresas e contas operadas pelo lobista. Foram cruzados os dados entregues por delatores dos processos, como Barusco - com quem o lobista tinha um hobby em comum, o golfe -, materiais apreendidos nas buscas em suas empresas e resid�ncia al�m de quebras de sigilos.

Os tent�culos de Pascowitch que est�o na mira na Lava Jato extrapolam sua atua��o em nome da a Engevix na Petrobras.

Investigadores acreditam que Pascowitch pode colaborar com as novas frentes de apura��o, em especial na �rea de navios e sondas do pr� - sal e tamb�m os esquemas de consultorias de ex-pol�ticos e agentes p�blicos, como Jos� Dirceu e Renato Duque.

O advogado criminal Theo Dias, que defende Pascowitch, n�o retornou contatos da reportagem.

A assessoria de Dirceu afirma que a JD sempre recebeu por servi�os de consultoria efetivamente prestados.

No dia 17 de junho, a assessoria de Dirceu esclareceu questionamento da reportagem de O Estado de S. Paulo. "O ex-ministro Jos� Dirceu refuta, com veem�ncia, qualquer ila��o de pr�tica de crimes de lavagem de dinheiro ou oculta��o patrimonial, como questiona o jornal. Dirceu trabalhou como consultor de empresas por 9 anos e todos os seus rendimentos foram declarados � Receita Federal, que n�o apresentou qualquer ressalva sobre sua evolu��o patrimonial no per�odo.

As suspeitas n�o t�m qualquer fundamento, j� apresentamos � Justi�a do Paran� todos os esclarecimentos pedidos e � preciso ficar claro que n�o existe nenhuma acusa��o formal contra o ex-ministro", afirma o advogado Roberto Podval. "J� demonstramos a partir de vasta documenta��o que Jos� Dirceu atendeu a cerca de 60 clientes e que todos os servi�os foram plenamente prestados, os impostos recolhidos e os rendimentos declarados."


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