S�o Paulo, 30 - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta ter�a-feira, 30, durante entrevista � imprensa na Casa Branca, nos Estados Unidos, que vai aguardar a apura��o dos esc�ndalos de corrup��o na Petrobras para avaliar se demite ou n�o os ministros-chefes da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Comunica��o Social, Edinho Silva. Em sua fala, Dilma criticou o que chamou de "vazamento seletivo" dos autos dos processos de investiga��o da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico e defendeu o direito de defesa dos envolvidos no caso.
"Nunca demiti ou nomeei ministros pela imprensa. Vou aguardar toda a apura��o dos fatos para avaliar a situa��o", respondeu Dilma, ao ser questionada se vai demitir Mercadante e Edinho.
Conforme antecipou na sexta-feira, 26, o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, os ministros foram acusados pelo presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, em dela��o premiada, de terem recebido da empreiteira doa��es ilegais para as campanhas eleitorais de Mercadante ao Governo de S�o Paulo, em 2010, e de Dilma, em 2014, da qual Edinho foi tesoureiro.
A presidente defendeu que � necess�rio que todos tenham acesso aos autos dos processos de investiga��o, para que os acusados possam se defender. "O governo brasileiro n�o tem acesso a todos os autos. Estranhamente h� um vazamento seletivo", criticou. Dilma afirmou que � preciso ter "maior respeito" pelo direito de defesa e "por uma coisa que se chama: s� se condena quando se prova". Para ela, as provas devem ser compostas por fundamentos, "e n�o simplesmente por ila��o". "Isso � um tanto idade m�dia", criticou.
Ao lado do presidente Barack Obama, Dilma destacou ainda que a Petrobras n�o � uma empresa sob judice e, sim, uma companhia "em pleno uso da sua atividade". Ela ressaltou que a empresa tem atualmente mais de 90 mil funcion�rios e que os supostos delitos investigados foram cometidos por apenas alguns deles. "Portanto, tem de haver responsabiliza��o daquele que cometeu, para depois saber o que vai acontecer nos processos em rela��o � empresa", defendeu.
O presidente dos Estados Unidos evitou tecer coment�rios acerca das investiga��es de atos de corrup��o na Petrobras. Durante coletiva de imprensa na Casa Branca, ao lado de Dilma, ele afirmou que normalmente n�o comenta casos que ainda est�o sendo investigados, pois nos Estados Unidos, o Departamento de Justi�a trabalha para a Presid�ncia. "Portanto, n�o me cabe fazer coment�rios espec�ficos", disse.