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Estado de Minas

Delator cita propina de 1% ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear em Angra3

Ex-presidente da Camargo Corr�a, Dalton Avancini afirmou que foi cogitada a contrata��o de uma empresa para dar cobertura legal ao pagamento de propina


postado em 01/07/2015 12:31 / atualizado em 01/07/2015 12:49

O executivo Dalton Avancini, ex-presidente da empreiteira Camargo Corr�a, declarou � for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato que em agosto de 2014 houve "uma reuni�o na empresa UTC", em S�o Paulo, em que '"foi comentado que havia certos compromissos do pagamento de propinas ao PMDB no montante de 1% e a dirigentes da Eletronuclear'. Os repasses teriam sido acertados no �mbito das obras de Angra 3.

As revela��es de Avancini foram feitas dia 12 de mar�o em dela��o premiada que ele firmou com a for�a-tarefa da Lava-Jato. Dois termos da colabora��o do executivo foram juntados aos autos pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es sobre desvios e cartel na Petrobras. Ao enviar ao Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF4) informa��es em habeas corpus impetrado por um alvo da Erga Omnes - a mais nova etapa da Lava-Jato -, o juiz assinalou que "h� provas" de que o esquema que provocou um rombo estimado em R$ 6 bilh�es na estatal petrol�fera foi "reproduzido" em outras �reas do governo.

Em sua dela��o, Avancini diz n�o saber se a reuni�o na UTC ocorreu por iniciativa de Ricardo Pessoa ou de Antonio Carlos Miranda. Presidente da UTC Engenharia, Pessoa tamb�m fez dela��o premiada e apontou os nomes de pelo menos 18 pol�ticos supostamente benefici�rios de recursos do cartel. O empreiteiro declarou � Procuradoria-Geral da Rep�blica que repassou R$ 7,5 milh�es para a campanha da petista Dilma Rousseff � Presid�ncia, em 2010.

Naquela reuni�o, destacou o delator, foram "tratados alguns aspectos t�cnicos desse contrato, bem como o cronograma de execu��o, haja vista que a pr�pria Andrade Gutierrez j� havia reportado que atrasos na �rea civil iria repercutir no descumprimento de prazos do novo contrato".

O delator citou um executivo, Luiz Carlos Martins, segundo ele tamb�m da Camargo Corr�a. Avancini disse que "cogitou-se da necessidade de contrata��o de uma empresa para dar cobertura legal ao pagamento da propina, sendo definido que caso isso fosse feito ficaria a cargo de Luis Carlos e de Miranda (da UTC) tratar desse assunto".

A transcri��o do relato de Dalton Avancini. "Que nessa reuni�o estavam presentes pela Andrade Gutierrez, Fl�vio Barra, pela Techint Ricardo Ourique, pela Camargo o declarante, pela UTC, Ricardo Pessoa, pela Odebrecht, Fabio Gandolfo, o qual segundo sabe estaria tratando pela primeira vez acerca do assunto, pela EBE um executivo de nome Renato, segundo recorda e pela Queiroz Galv�o o seu presidente de nome Petronio; que, observa que na sua caixa de e-mails existe uma mensagem eletr�nica datada de 26/08/2014 enviada pela UTC onde consta a convoca��o para a mencionada reuni�o, ocorrida na sede da �ltima empresa; que n�o sabe se efetivamente houve algum pagamento de propina ou a promessa de pagamento a algu�m em especial, eis que no m�s de setembro de 2014 acabou sendo detido e se encontra desde ent�o na custodia desta Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Paran�."

A Eletronuclear n�o respondeu ao contato da reportagem at� o fechamento da mat�ria.

Defesa do PMDB

O PMDB repudia todas acusa��es de pagamento de propina ao partido. E jamais autorizou qualquer pessoa a usar o nome da legenda para cobrar valores ou realizar intermedia��es entre empresas estatais e �rg�os de governo.

Defesa Andrade Gutierrez

"A Andrade Gutierrez vem sendo consultada com frequ�ncia sobre informa��es contidas em documentos a que n�o teve acesso e esclarece que n�o se manifestar� sobre tais conte�dos. No entanto, a companhia reitera que nunca participou de forma��o de cartel ou fraude em licita��es, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja, nem participou de esquemas il�citos de favorecimento a pol�ticos. Como vem fazendo desde o in�cio da Opera��o Lava Jato, a Andrade Gutierrez reafirma que n�o tem ou teve envolvimento com os fatos hoje investigados e vem mais uma vez repudiar as acusa��es feitas � empresa."

Defesa da Odebrecht

"A Construtora Norberto Odebrecht nunca participou de oferecimento ou pagamento de propina em contratos com qualquer cliente p�blico ou privado, o que obviamente inclui as obras de Angra3 e Belo Monte, portanto n�o reconhece como verdadeiras as afirma��es do criminoso colaborador que, visando obter a sua liberdade, em raz�o de pris�o preventiva, n�o tem qualquer compromisso com a verdade. Ali�s, o pr�prio Juiz, no despacho que homologou a dela��o premiada de Dalton Avancini, alertou que o conte�do dos depoimentos prestados � "de question�vel valor para a Justi�a Criminal".

Defesa da Camargo Corr�a

"A Construtora Camargo Corr�a reitera que est� colaborando com as investiga��es ainda em curso e desenvolve esfor�os para sanar irregularidades e aprimorar sua governan�a corporativa."

Defesa da Queiroz Galv�o

"A Queiroz Galv�o acredita firmemente na idoneidade de todos os seus executivos e reafirma seu compromisso com a �tica e a transpar�ncia. A companhia nega veementemente qualquer pagamento il�cito a agentes p�blicos para obten��o de contratos ou vantagens e reitera que todas as suas atividades seguem rigorosamente � legisla��o vigente".

Defesa da UTC

A UTC Engenharia n�o vai se pronunciar.


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