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Estado de Minas

Revela��o de agente sobre escutas ilegais na PF surpreende deputados


postado em 02/07/2015 16:49 / atualizado em 02/07/2015 18:21

A revela��o de que escutas ilegais foram implantadas na sede da Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Paran� surpreendeu os deputados da CPI da Petrobras. Na tarde desta quinta-feira, o agente da PF Dalmey Fernando Werlang contou que implantou escutas na cela do doleiro Alberto Youssef e no fum�dromo da Superintend�ncia a pedido do superintendente da PF no Paran�, Rosalvo Franco, e dos delegados Igor Rom�rio de Paula e M�rcio Anselmo.

"Se uma escuta foi colocada sem pr�via autoriza��o judicial, � um caso muito grave", avaliou o presidente da comiss�o, deputado Hugo Motta (PMDB-PB). Werlang disse que os equipamentos fizeram grava��es e que elas foram repassadas para Anselmo e uma outra delegada.

O agente, que ainda dep�e em sess�o fechada, afirmou que colocou a escuta no segundo andar da Superintend�ncia no dia da pris�o do doleiro Alberto Youssef. O agente informou que implantou o grampo na cela do doleiro e no fum�dromo do pr�dio, este �ltimo com o objetivo de monitorar os pr�prios agentes da PF. Em abril do ano passado, Youssef se deu conta que estava sendo observado. "J� n�o � t�o normal um preso ser ouvido. Agora, a instala��o de escuta para ouvir os pr�prios policiais � mais estranho ainda", comentou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

No depoimento anterior, o ex-diretor de Intelig�ncia da PF Jos� Alberto de Freitas Iegas confirmou que foi encontrada uma escuta na cela de Youssef. O aparelho, segundo Iegas, era diferente do que foi colocado com autoriza��o judicial na �poca do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A PF chegou a informar que a escuta encontrada estava inativa e o juiz S�rgio Moro considerou, com base na sindic�ncia da PF, que n�o havia irregularidades.

Valente avisou que apresentar� requerimento para convocar os delegados envolvidos e Motta n�o descarta as convoca��es. "Eu quero dar � imprensa e � sociedade o esclarecimento que puder ser dado para garantir que a Opera��o Lava Jato possa continuar, mas que procedimentos que n�o sejam legais e autorizados pela Justi�a, se n�o aconteceram, n�o venham mais acontecer. E quem fez isso e n�o tinha autoriza��o da Justi�a seja punido, para que isso n�o seja uma praxe dentro das investiga��es futuras no nosso Pa�s", disse Motta.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) defendeu que a revela��o do agente n�o tire o foco da CPI, que � o esquema de corrup��o na Petrobras. "N�o d� para achar que h� uma desconstru��o da Lava Jato", considerou a deputada, destacando que os parlamentares n�o podem se furtar a apontar ilicitudes na investiga��o da PF.

J� Motta enfatizou que a CPI n�o vai trabalhar contra a Opera��o. "N�o vamos permitir que a CPI atrapalhe a Opera��o Lava Jato", afirmou.


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