Bras�lia, 02 - Um dia ap�s ter defendido a ren�ncia da presidente Dilma Rousseff para "abreviar o sofrimento da na��o", o l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), voltou � carga nesta quinta-feira, 2, e disse que o mandato da petista est� com os dias contados. "N�o h� como ela escapar", disse ele, em discurso da tribuna da Casa.
Para o tucano, que tem contado com o respaldo da c�pula partid�ria para elevar o tom das cr�ticas, o PT faz ataques de "desespero" ao PSDB e que n�o h� como piorar ainda mais o Brasil do que os petistas fizeram. Num duro pronunciamento, ele declarou que o governo do PT ser� limpo com benzina porque � uma "mancha".
Ao defender novamente a sa�da espont�nea de Dilma do cargo, C�ssio afirmou que o dono da UTC, Ricardo Pessoa, vai confirmar no pr�ximo dia 14 ao Tribunal Superior Eleitoral que deu dinheiro ilegal para a campanha � reelei��o da presidente. Ele citou ainda a investiga��o das "pedaladas" fiscais no Tribunal de Contas da Uni�o e os pedidos de apura��o feitos pela oposi��o no Minist�rio P�blico Federal contra Dilma para mostrar que o suposto certo est� se fechando.
"Acabou o jogo. O que Dilma poderia fazer? Renunciar ao mandato para termos novas elei��es", afirmou ele, ao ressaltar que fala em nome do PSDB. Ele disse que o presidente do seu partido, senador A�cio Neves (MG), n�o vai assumir o mandato e frisou que os tucanos querem novas elei��es presidenciais. Ele mencionou ainda que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva poder� disputar o pleito.
O l�der do PSDB disse acreditar que, com base em investiga��es do TSE, a Corte poder� cassar o mandato de Dilma no segundo semestre. E, nessa hip�tese, que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assumir� temporariamente at� serem convocadas elei��es gerais. "A elei��o (presidencial passada) foi viciada. A�cio perdeu a campanha para uma organiza��o criminosa", acusou.
Para rebater as cr�ticas feitas pelo l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), de liga��o da bancada do PSDB da C�mara a Cunha, C�ssio disse que ele n�o � seu aliado e � do PMDB, partido da base do governo.
Para C�ssio, Humberto Costa elevou o tom nas cr�ticas porque o "desespero" subiu de patamar. Segundo ele, mencionando a baix�ssima aprova��o de Dilma registrada pela pesquisa de ontem da CNI/Ibope, as pessoas n�o apenas rejeitam o governo. H�, na opini�o dele, um sentimento de revolta.
Ao fim do pronunciamento, o l�der do PSDB destacou ainda o fato de que, at� o m�s de maio, a Uni�o s� contribuiu com 12% de todo o esfor�o para a realiza��o do super�vit prim�rio de 2015, mesmo tendo promovido um forte ajuste fiscal. E que, na sua opini�o, o governo federal n�o teve uma participa��o maior na economia feita para pagar os servi�os da d�vida porque aqueles que est�o no governo "assaltaram o Pa�s".