Bras�lia, 08 - O senador Romero Juc� (PMDB-RR) afirmou na noite desta quarta-feira, 8, que a proposta defendida por ele de se reduzir a meta de super�vit prim�rio de 2015 dos atuais 1,1% para 0,4% se justifica porque o quadro econ�mico do Pa�s piorou. Para ele, a nova meta proposta ser� "piso" e � "claro" que o governo vai poder atingir um �ndice maior. Com a eventual mudan�a, a meta de economia para pagar os servi�os da d�vida ser� de R$ 22,1 bilh�es.
"Se (o governo) fizer (uma meta maior), �timo, n�s vamos aplaudir. O que n�s n�o podemos fixar � um super�vit que o governo n�o consiga atingir e, portanto, coloque por terra mais ainda a credibilidade da pol�tica econ�mica e do governo", disse Juc�.
Para o peemedebista - que foi relator do Or�amento de 2015 -, chegou a hora da "verdade dos n�meros" e que o melhor � se atingir um porcentual fact�vel "sem nenhum tipo de maquiagem, de pedalada".
Juc�, que teve conversas nos �ltimos dias com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que sua proposta de redu��o da meta n�o foi "acordada" com o governo. Ele destacou que cabe ao Congresso "modular" a meta fiscal proposta pelo governo e ele disse que a emenda da meta fiscal dever� ser votada em agosto.
A emenda defendida por Juc� ser� apresentada pelo deputado Nilton Tatto (PT-SP) a um projeto de lei do Congresso Nacional proposto recentemente pelo governo que permite o uso dos restos a pagar de anos anteriores a 2014 para emendas parlamentares individuais feitas at� o final do ano passado. Ele est� na pauta do plen�rio do Congresso.
O senador do PMDB rebateu as alega��es de que uma eventual redu��o da meta fiscal pode comprometer a nota de risco do pa�s dada por ag�ncias de classifica��o. Segundo ele, se "engana" quem considera que a nota do Brasil leva em conta apenas a meta de super�vit. Para Juc�, a nota � dada por um conjunto de fatores, como o crescimento econ�mico. Ele citou o fato de que, nos �ltimos sete anos, em cinco o governo foi obrigado a reduzir a meta.
"Se n�s queremos realismo fiscal, devemos ter realismo fiscal. E isso � atualizar a conjuntura � situa��o. Acho que o quadro econ�mico piorou, o governo est� fazendo um esfor�o e n�o � no final do ano, de afogadilho, que vamos mudar a meta fiscal para jogar por terra a credibilidade do nosso governo", disse.
Juc� afirmou que Joaquim Levy n�o exagerou ao propor a meta de 1,1% por conta do agravamento do cen�rio econ�mico, com eleva��o da infla��o e queda de arrecada��o. "� importante dizer que o super�vit fiscal ser� o resultado da arrecada��o e dos gastos do governo e n�s vimos a� o resultado que est� dando. N�o � poss�vel se paralisar todo o governo, todos os setores da economia p�blica para se atingir um n�mero", concluiu.