Bras�lia - A vi�va do ex-deputado Jos� Janene (PP-PR), Stael Fernanda Janene, disse aos membros da CPI da Petrobras que n�o tem como provar a participa��o de Janene no esquema de corrup��o da estatal, mas que acredita no envolvimento dele no caso. "Acredito que n�o foi s� o Janene. Ele n�o inventou a corrup��o no Pa�s", declarou.
Em seu depoimento, que durou duas horas e meia, Stael repetiu que n�o participava da vida pol�tica e dos neg�cios de Janene. "Ele era uma pessoa obcecada por poder", acrescentou. Segundo ela, a cultura mu�ulmana impedia que ela, como esposa, se inteirasse da vida do ent�o marido. Ela descreveu o ex-deputado como uma pessoa que controlava as finan�as, que n�o gostava de ostenta��o e reclamava at� da "conta da verduraria".
A vi�va evitou entrar em detalhes sobre o processo por crime de lavagem de dinheiro movido pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) contra ela e outras dez pessoas ligadas a Janene. Ela explicou que at� sua conta individual era movimentada pelas secret�rias de Janene, que elas eram respons�veis pelo pagamento das contas dom�sticas, mas que a movimenta��o era de "valores pequenos". Segundo ela, tal�es de cheques assinados ficavam em poder das auxiliares do ex-deputado. "Minha conta foi usada pelo escrit�rio dele", enfatizou. Stael foi confrontada pelos deputados sobre a movimenta��o de R$ 99 mil em sua conta, mas respondeu que n�o sabia ao certo os valores.
Sobre contas no exterior, ela voltou a dizer que n�o se lembra de ter assinado nenhum documento do g�nero e diz ter certeza que ele n�o deixou nenhuma conta para ela no exterior. Eles n�o tinham conta conjunta.
Stael vive hoje como corretora de im�veis e propriet�ria de um sal�o de beleza. Ela contou que recebe a pens�o integral de Janene para os filhos e que tamb�m recebe pelo arrendamento de uma fazenda.