
“� uma forma de dizer para a sociedade que estamos l� para dar governabilidade porque assumimos este compromisso mas estamos doidos para cair fora”, afirmou. Durante um balan�o sobre o primeiro semestre a frente da C�mara dos Deputados, Cunha explicou que a legenda tem responsabilidade com o pa�s e que a popula��o n�o entenderia uma sa�da do PMDB neste momento, mas acrescentou: “Se tem um partido que n�o quero fazer alian�a hoje � o PT”.
O presidente da C�mara afirmou que o PMDB nunca fez parte do governo e o fato de ocupar o comando de alguns minist�rios “n�o significa nada”. Segundo ele, as pastas interessam apenas aos ministros mas n�o contempla ou inclui as posi��es do partido na tomada de decis�es.
“O PMDB n�o est� no governo. Est�o os ministros, mas se pegar a estrutura abaixo � toda do PT. O PMDB n�o manda nos minist�rios. A gente fica com o �nus e n�o com o b�nus. A alian�a n�o teve apoio de 40% do partido. E esses mesmos 40% continuam contr�rios ao governo. O PMDB s� serviu para votar e nunca para preparar uma elabora��o pol�tica,” avaliou.
Nessa quarta-feira (15), Cunha, vice-presidente da Rep�blica Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) confirmaram que a legenda ter� candidatura pr�pria nas elei��es de 2018. Cunha disse que n�o h� candidaturas acertadas e descartou inclusive especula��es sobre o seu nome. “N�o sou candidato a nada. Se o povo deixar eu voltar como deputado j� vou ficar feliz”, garantiu. Para ele, as declara��es de Temer e Renan mostraram que os peemedebistas agora est�o falando “a mesma l�ngua”. “Quando eu falava era rebeldia. O PMDB tomou um posicionamento pol�tico. Todos que t�m influ�ncia e lideran�a no PMDB pensam iguais. N�o aguentamos mais alian�a com o PT,” afirmou.
Articula��o pol�tica
Eduardo Cunha voltou a defender a sa�da de Michel Temer da articula��o pol�tica do governo assim que as medidas do ajuste fiscal forem conclu�das. “Ele assumiu a articula��o num momento da mais grave crise de governabilidade. Se n�o tivesse assumido, as medidas de ajuste n�o teriam passado, mas na minha opini�o n�o deveria continuar,” disse.
Para o peemedebista, a atual crise pol�tica aliada � crise econ�mica em que vive o pa�s tendem a agravar a capacidade do governo Dilma Rousseff. Cunha voltou a defender o parlamentarismo como solu��o para o pa�s e afirmou que se este fosse o regime atua, o Brasil n�o estaria vivendo esta crise institucional e pol�tica. Segundo ele, o tema ser� discutido assim que os parlamentares voltarem do recesso que come�a a partir da pr�xima semana e a ideia � estudar alternativas que possam valer a partir de 2019.
Cunha ainda avaliou que a press�o ao governo deve aumentar ap�s o recesso parlamentar. “O aprofundamento do desemprego vai gerar muita press�o em cima dos deputados que estar�o em suas bases no per�odo do recesso. Eles tendem a voltar muito mais duros,” apostou.
Apesar das cr�ticas, o presidente da C�mara garantiu que deseja os melhores votos para Dilma. “A instabilidade pol�tica e a ingovernabilidade n�o s�o boas para ningu�m. Sou brasileiro, tenho filhos. E ela sempre me tratou com maior defer�ncia. N�o tenho o que reclamar dela. Mas n�o quer dizer que n�o posso criticar o governo. Como quero o melhor a cr�tica talvez possa ajudar”, concluiu.
Eduardo Cunha ainda explicou que est� analisando o posicionamento de consultores da C�mara e de juristas que n�o atuam no Congresso sobre o pedido de impeachment apresentado pelo Movimento Brasil Livre. O peemedebista n�o opinou nesta etapa e disse que s� vai se manifestar quando tiver estudado todos os pareceres que, segundo ele, deve ocorrer nos pr�ximos 30 dias.